Por Edezilton Martins
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Em entrevista a TV cultura no final de ano o sociólogo da PUC-SP, Edson Passetti, cravou esta definição de felicidade: "Ser feliz é incomodar, buscar, conquistar ou experimentar algo fora do padrão".
No blog da TV culura o internauta Jorge Schoeder escreveu este adendo: "o pensamento do sociólogo é um contraponto ao marasmo de idéias e a homogeneidade atual de opiniões (em parte causada pelas mídias). O sociólogo instiga ao incômodo; evidentemente um incômodo procedente, não superficial ou gratuito, um incômodo causado pelo aprofundamento do conhecimento".
Outro internauta Andre Vargas fez adendo noutro modo: "Felicidade também pode ser a coragem de anarquizar valores conservadores. É descobrir assim como o personagem GOETZ do livro "O DIABO E O BOM DEUS" de Sartre que o potencial para fazer o bem e o mal pertence ao homem e não a Deus e ao Diabo, sendo a felicidade algo que depende de si próprio e não de forças externas".
Vamos lá! Refletindo sobre as idéias e adendos acima escrevo eu que "ser feliz é ter a coragem e ousadia de experimentar fora do padrão e ser grande". Grande como na poesia de Fernando Pessoa a seguir":
"Para Ser grande, sê inteiro; Nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Entretanto se faz mister uma visualização de padrão:
Hoje é padrão: ser corrupto, mesquinho, explorador, analfabeto social, egoista, etc. Por conseguinte um dos modos de experimentar fora do padrão é ter CARÁTER. Noutro momento o padrão era ter caráter; hoje caráter é exceção.
Todavia experimentar fora do padrão é mais extenso: um dos tantos modos significa fazer uma leitura muito exata da mesquinharia a que as pessoas estão inseridas, sem se darem conta; e viver, agir e pensar de outro modo. Isto é experimentar fora do padrão; consequentemente ser feliz. Há que se experimentar fora do padrão , sobretudo, quando o assunto é religião e a relação homem-Deus.
Do contrário vai se vivendo, até que no fim da vida , como o personagem principal do livro São Bernardo de Graciliano Ramos, descobre-se (quando se descobre...) que a vida foi um nada; que se viveu para si próprio. De resto, a literatura brasileira está repleta de exemplos convencionais de padrão, basta ler Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire.
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Em entrevista a TV cultura no final de ano o sociólogo da PUC-SP, Edson Passetti, cravou esta definição de felicidade: "Ser feliz é incomodar, buscar, conquistar ou experimentar algo fora do padrão".
No blog da TV culura o internauta Jorge Schoeder escreveu este adendo: "o pensamento do sociólogo é um contraponto ao marasmo de idéias e a homogeneidade atual de opiniões (em parte causada pelas mídias). O sociólogo instiga ao incômodo; evidentemente um incômodo procedente, não superficial ou gratuito, um incômodo causado pelo aprofundamento do conhecimento".
Outro internauta Andre Vargas fez adendo noutro modo: "Felicidade também pode ser a coragem de anarquizar valores conservadores. É descobrir assim como o personagem GOETZ do livro "O DIABO E O BOM DEUS" de Sartre que o potencial para fazer o bem e o mal pertence ao homem e não a Deus e ao Diabo, sendo a felicidade algo que depende de si próprio e não de forças externas".
Vamos lá! Refletindo sobre as idéias e adendos acima escrevo eu que "ser feliz é ter a coragem e ousadia de experimentar fora do padrão e ser grande". Grande como na poesia de Fernando Pessoa a seguir":
"Para Ser grande, sê inteiro; Nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Entretanto se faz mister uma visualização de padrão:
Hoje é padrão: ser corrupto, mesquinho, explorador, analfabeto social, egoista, etc. Por conseguinte um dos modos de experimentar fora do padrão é ter CARÁTER. Noutro momento o padrão era ter caráter; hoje caráter é exceção.
Todavia experimentar fora do padrão é mais extenso: um dos tantos modos significa fazer uma leitura muito exata da mesquinharia a que as pessoas estão inseridas, sem se darem conta; e viver, agir e pensar de outro modo. Isto é experimentar fora do padrão; consequentemente ser feliz. Há que se experimentar fora do padrão , sobretudo, quando o assunto é religião e a relação homem-Deus.
Do contrário vai se vivendo, até que no fim da vida , como o personagem principal do livro São Bernardo de Graciliano Ramos, descobre-se (quando se descobre...) que a vida foi um nada; que se viveu para si próprio. De resto, a literatura brasileira está repleta de exemplos convencionais de padrão, basta ler Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire.
3 comentários:
Parabéns pela matéria que já é um valioso comentário. O tema, a princípio, parece ser de fácil argumentação, todavia não é. Tem o princípio de que a felicidade tem haver com nosso caráter ("a formação da felicidade é mais humanitária que intelectual").
Quando os valores educacionais, culturais, éticos e imatériais forem mais presentes, os momentos de felicidade serão mais consistentes.
"FELICIDADE"
São tantas definições...cada pessoa tem sua opinião sobre felicidade, não poderia ser diferente.
Ao meu ver, ser feliz é reconhecer suas limitações, descobrir suas capacidades, viver em paz consigo mesmo, amar-se... só assim, encontrará a verdadeira felicidade, a que vem de dentro de você. Desta forma, estando em harmonia, tudo que estiver a sua volta será motivo de felicidade, pois a mesma já habita seu ser.
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