- Bolsos de Areia.
Ah, que saudades. Saudades daqueles tempos, em que minha inocência de infância me bloqueavam dessa hipocrisia, falta de caráter, dignidade e total falta de compreensão das necessidades alheias.
Lembro-me bem quando íamos ao campinho de areia. Jogávamos não importava a hora, a temperatura ou estação do ano. Só queríamos uma coisa: correr atrás de uma bola.
Que saudades das nossas...grandes apostas." 1 real de picolés", rsrsrsr. Dos meus pés queimados na areia quente, onde tinha que ficar sapateando para não tostá-los.
Após um jogo tramático íamos até a vendinha, e pegarmos nosso imenso prêmio: 1 picolé, os mais sortudos conseguiam 2.
Ah, que saudades. A melhor parte, a chegada em casa com os bolsos abarrotados de areia.
Saudades de colocar as mãos nos bolsos e só encontrar areia. Simples e pura areia, que me mostrava como eu era feliz. Pois minha única preocupação era viver a minha infância.
Hoje, tenho que conviver com a falsidade, alienação, falta de caráter e dignidade de muitas pessoas que não sabem que o bom da vida, é sermos reconhecidos por nossas qualidades. Principalmente por nossa dignidade de reconhecermos o certo e o errado, e sabermos que o universo não se limita a nós, como muitos pensam e agem.
Cicero Clarindo
domingo, 16 de setembro de 2012
INSPIRAÇÃO POÉTICA DO AMIGO
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Um comentário:
Parabéns Neto!!! Seu texto realmente merece ser apreciado por todos que tiveram uma infância pacata, porém, repleta de momentos inesquecíveis...
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