sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

UM OLHAR GRANDE EM VOLTA DO GRANDE CENTRO – TUPANATINGA-PE

Tupanatinga não é uma cidade grande, mas tem o tamanho suficiente para ser o grande sonho dos seus conscientes filhos que a reconhecem como sua verdadeira Pátria. Assim são seus amantes, poetas, escritores, pintores, escultores, professores, bancários, doutores, garis, trabalhadores rurais, filhos distantes e adotivos, fazendeiros, comerciantes e comerciários, religiosos e políticos que aos poucos vão reconstruindo e a transformando numa verdadeira Terra Natal, com sabor , cheiro e muita saudade.
É evidente que alguns conterrâneos não prezam a nossa cidade como deveriam. É clara a falta de gentileza, por parte destes filhos egocêntricos e antipatrióticos, sobretudo quando vemos um natal sem luz, uma rua escura na noite, violência nas ruas, falta de interesses no desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

FELICIDADE

Por Edezilton Martins
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Em entrevista a TV cultura no final de ano o sociólogo da PUC-SP, Edson Passetti, cravou esta definição de felicidade: "Ser feliz é incomodar, buscar, conquistar ou experimentar algo fora do padrão".
No blog da TV culura o internauta Jorge Schoeder escreveu este adendo: "o pensamento do sociólogo é um contraponto ao marasmo de idéias e a homogeneidade atual de opiniões (em parte causada pelas mídias). O sociólogo instiga ao incômodo; evidentemente um incômodo procedente, não superficial ou gratuito, um incômodo causado pelo aprofundamento do conhecimento".
Outro internauta Andre Vargas fez adendo noutro modo: "Felicidade também pode ser a coragem de anarquizar valores conservadores. É descobrir assim como o personagem GOETZ do livro "O DIABO E O BOM DEUS" de Sartre que o potencial para fazer o bem e o mal pertence ao homem e não a Deus e ao Diabo, sendo a felicidade algo que depende de si próprio e não de forças externas".

Vamos lá! Refletindo sobre as idéias e adendos acima escrevo eu que "ser feliz é ter a coragem e ousadia de experimentar fora do padrão e ser grande". Grande como na poesia de Fernando Pessoa a seguir":

"Para Ser grande, sê inteiro; Nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

Entretanto se faz mister uma visualização de padrão:

Hoje é padrão: ser corrupto, mesquinho, explorador, analfabeto social, egoista, etc. Por conseguinte um dos modos de experimentar fora do padrão é ter CARÁTER. Noutro momento o padrão era ter caráter; hoje caráter é exceção.
Todavia experimentar fora do padrão é mais extenso: um dos tantos modos significa fazer uma leitura muito exata da mesquinharia a que as pessoas estão inseridas, sem se darem conta; e viver, agir e pensar de outro modo. Isto é experimentar fora do padrão; consequentemente ser feliz. Há que se experimentar fora do padrão , sobretudo, quando o assunto é religião e a relação homem-Deus.

Do contrário vai se vivendo, até que no fim da vida , como o personagem principal do livro São Bernardo de Graciliano Ramos, descobre-se (quando se descobre...) que a vida foi um nada; que se viveu para si próprio. De resto, a literatura brasileira está repleta de exemplos convencionais de padrão, basta ler Casa Grande e Senzala de Gilberto Freire.