sábado, 24 de dezembro de 2016

NATAL: FESTA DA HUMANIDADE DE DEUS E DA COMENSALIDADE

A comensalidade supõe  a cooperação e a solidariedade de uns para com os outros. 




por Leonardo Boff

O Natal é repleto de significados. Um deles foi sequestrado pela cultura do consumo  que, ao invés do Menino Jesus, prefere a figura do bom velhinho, o Papai Noel, porque é mais apelativo para os negócios. O Menino Jesus, ao invés, fala da criança interior que carregamos sempre dentro de nós, que sente necessidade de ser cuidada e quando, já crescida, tem o impulso de cuidar. É aquele pedaço do paraíso que não foi totalmente perdidoEle é a eterna Criança, feito de inocência, de espontaneidade, de encantamento, de jogo e de convivência com os outros sem qualquer discriminação.

Para os cristãos é a celebração da

“proximidade e da humanidade” de nosso Deus, como se diz na epístola a Tito (3,4). Deus deixou-se apaixonar pelo ser humano que quis ser um deles. Como diz belamente Fernando Pessoa em seu poema sobre o Natal: “Ele é a eterna Criança, o Deus que faltava; ele é o divino que sorri e que brinca; a criança tão humana que é divina”.
Agora temos um Deus criança e não um Deus, juiz severo de nossos atos e da história humana. Que   alegria interior sentimos quando pensamos que seremos julgado por um Deus criança. Mais que nos condenar, quer conviver e se entreter conosco eternamente.
 O seu nascimento provocou uma comoção cósmica. Um texto da liturgia cristã  diz de forma simbólica: ”Então as folhas que farfalhavam, pararam como mortas; então o vento que sussurrava, ficou parado no ar; então o galo que cantava, parou no meio de seu canto; então as águas do riacho que corriam, se estancaram; então, as ovelhas que pastavam, ficaram imóveis; então o pastor que erguia o cajado, ficou como que petrificado; então nesse momento, tudo parou, tudo silenciou, tudo suspendeu o seu curso: nasceu Jesus, o Salvador das gentes e do universo”.
O Natal é uma festa de luz, de fraternidade universal, festa da família reunida ao redor de uma mesa. Mais que comer, comunga-se da vida de uns e de outros  e da generosidade dos frutos de nossa Mãe Terra e da arte culinária do trabalho humano.
Por um momento, esquecemos os afazeres cotidianos, o peso da existência trabalhosa, as tensões entre familiares e amigos e nos irmanamos na alegre comensalidade. Comensalidade significa comer juntos ao redor da mesma mesa  (mensa) como se fazia outrora: todos da família se reuniam, conversavam, comiam e bebiam à mesa, pais, filhos e filhas.
A comensalidade é tão central que está ligada à própria emergência do ser humano enquanto humano. Há sete milhões de anos começou a separação lenta e progressiva entre os símios superiores e os humanos, a partir de um ancestral comum. A singularidade do ser humano, a diferença dos animais, é reunir os alimentos, distribui-los entre todos, começando pelos mais novos e pelos idosos e depois entre todos.
A comensalidade supõe  a cooperação e a solidariedade de uns para com os outros.  Foi ela que propiciou o salto da animalidade para a humanidade. O que  foi verdadeiro ontem, continua verdadeiro hoje. Por isso nos dói tanto ao saber que milhões e milhões não têm nada para repartir e passam fome.
No dia 11 de setembro de 2001 ocorreu a conhecida atrocidade: os aviões que se jogaram contra as Torres Gêmeas. No ato, morreram cerca de três mil pessoas.
No mesmo dia, exatamente, 16.400 crianças, abaixo de cinco anos, morriam de fome e de desnutrição. No dia seguinte e durante todo o ano, doze milhões de crianças foram vitimadas pela fome. E ninguém ficou e fica estarrecido diante desta catástrofe humana.
Neste Natal de alegria e de fraternidade, não podemos esquecer esses que Jesus chamou de “meus irmãos e minhas irmãs menores”(Mt 25, 40) que não podem receber presentes nem comer qualquer coisa.
Mas não obstante este abatimento, celebremos e cantemos, cantemos e  nos alegremos porque nunca mais estaremos sós. O Menino se chama Jesus, o Emanuel que quer dizer: “Deus conosco”. Vale esse pequeno verso que nos faz pensar sobre nossa compreensão de Deus, revelada no Natal:

         Todo menino quer ser homem.

         Todo homem quer ser rei.

         Todo rei quer ser ‘deus’.

         Só Deus quis ser menino”.

         Feliz Festa de Natal do ano da graça de 2017.


Feliz Natal, boa Conexão e boas noticias


Mensagem de Natal do conexão aos amigos que curtem e compartilham das grandes ideias, boas ações e das  informação  culturais  da nossa cidade e Região.


Ele chegou! Como de costume, veio nos trazendo alegria e renovação. Uma sensação de paz toma conta da gente. A cidade, claro, ficou mais bonita tão logo deu o ar da sua graça.

O Natal é sempre bem-vindo! Sentimo-nos melhores com sua presença, da qual queremos desfrutar cada minuto. É assim que fazemos desde a nossa infância. Já parou para pensar em quantos sons e imagens nos remetem à agradável lembrança dos nossos natais?

Por falar nisso, ao longo do tempo muita coisa tem mudado na forma de compartilharmos os nossos sentimentos de fraternidade e de propagarmos o espírito natalino.

Quem poderia imaginar que as mensagens que antes levavam dias até chegar ao destino, na forma dos tradicionais cartões de Natal, passariam a ganhar o mundo em segundos? Graças à capacidade do homem de se reinventar.

E não há nada (nada mesmo!) como desfrutar o Natal na companhia daqueles que amamos. Nada como a alegria de reencontrar amigos, de reunir a família e receber o abraço caloroso de cada um. Mesmo quando distância porventura não permitir, um telefonema certamente tornará mais feliz quem está lá do outro lado.

Sinto-me honrado em pertencer à mesma família que você: a bela família do Conexão cultural. Com nossos irmãos, pais, cônjuges, filhos, sobrinhos, formamos um imenso contingente de pessoas unidas por um só propósito: desenvolver ações capazes de tonar melhor a vida da sociedade.

Desejo, a todos que se interagem das informações e  compartilham das boas ideias, um natal com muito  abraços, sorr muita  paz e  calor humano, harmonia fraternidade e tudo de bom que ele possa nos trazer.

Ele já chegou! Seja bem-vindo, “Seu Natal”! Seja feliz o nosso Natal!

Fraternal abraço,













sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

DONA ZEZE, EXEMPLO DE SABEDORIA


Homenagem especial a professora Maria Jose Pereira 
Mestra, Educadora, Professora, Amiga, Construtora, Servente, Guia, tudo isso e mais alguma coisa.   (por Maria Helena Cursino)  
              Zé, Zezé, Dona Zezé, Maria José ou ainda Zezé de Sr. Manoel Zinho ou de dona Mariinha, és parte de uma cidadezinha pequena no Sertão do Moxotó, hoje Agreste Meridional de Pernambuco. Como tudo na vida há o momento, uma época, a vez de sermos o centro da nossa estória ou da estória dos outros, tu foste entre tantos outros talentos nascidos nesta terra, em que a fraternidade e a solidariedade sempre foram a base das famílias que aqui fincaram suas raízes, tu Zezé, escreveste tua estória nesse torrão abençoado por Deus.
Como todos os filhos e filhas da saudosa Santa Clara, foste uma que, sem medir distância e dificuldades financeiras, saíste em busca dos teus sonhos: sonho de ser professora, boa filha, boa irmã, boa vizinha. A caminhada foi o retrato da tua persistência.  Ouviste as palavras do MESTRE MAIOR “Não Tenhas Medo”. A primeira parada foi no Colégio Carlos Rios em Arcoverde.  Ao concluir a sétima série, partes para o Rio de Janeiro, concluindo assim Antigo Ginásio na cidade maravilhosa. Retornas a Tupanatinga em l971, onde inicias o Curso do Magistério no Colégio Onze de Setembro da Igreja Batista em Arcoverde e, em l973 recebes o diploma do 2º grau como professora primária.
Etapa vencida resta partir para o próximo desafio. Mais uma vez na tua simplicidade, humildade e responsabilidade, encaras o Grupo Escolar José Emílio de Melo, como professora primária da lª série. Escola pequena com quatro salas, mas que para a nossa comunidade representava toda a esperança dos pais e das crianças no campo educacional. É o início da conquista de um sonho: colocar-se a serviço das nossas crianças. Mais um desafio que tiras de letra.
O tempo passa, a Educação no interior de Pernambuco acorda e Arcoverde tem sua 1ª Faculdade. Novos tempos, novos desafios. Escolas do 1º Grau são autorizadas em vários Municípios e nós fomos agraciados. Tua participação na vida da Escola José Emilio de Melo, seja do 1º ou 2º Grau foi marcante, não só pela competência, responsabilidade, doação e ética, mas, sobretudo, pela humanização do teu trabalho educativo.  Marca registrada nas atividades da Igreja seja nas Cáritas, na Pastoral da Criança, na Liturgia ou em qualquer outra atividade que foste membro. Sempre ouviste o chamado do MESTRE: SERVIR, SERVIR SEM OLHAR A QUEM.
Foste um ser iluminado e nós como mães, pais, alunos, dirigentes e filhos desta terra, só temos a agradecer por tudo que fizeste no campo educacional, ora lecionando Português, Literatura, Ensino Religioso, Moral e Cívica, OSPB, ora realizando trabalhos sociais junto as pastorais.  Nosso muito obrigado! Exerceste a função de Amiga, Educadora, formadora de opinião, professora e principalmente um ser humano serviço do outro.
Termino com o pensamento de Frei Anselmo Fracasso (A grandeza das obras que fazemos não está na publicidade, mas no amor que nelas se escondem).
Dona Leninha
Colaboração de Joelma Paixao




domingo, 7 de agosto de 2016

FESTIVAL MULTICULTURAL TUPANATINGA 2016 - ZE LUIZ -O ARTISTA DO ENCONTRO DE DOMINGO A TARDE


" Fala galera boa de música e de poesia!!! Passando pra avisar que infelizmente por "motivos de força maior" o show que estava agendado para amanhã dia 07/08 em Tupanatinga-Pe no pólo Cultural não irá acontecer. Agradecemos ao parceiro Jailson Oliveira pelo esforço e atenção. A ciranda fica pra outro dia... No mais ficamos na espera de uma nova oportunidade de levar o som do Candeeiro Encantado para nossa terra querida!!! O Candeeiro tá aceso! Nos vemos dia 18/08 no IFPB Campina Grande. Abraços paz e bem para tod@s, "                                Jose Luiz Cavalcante





A não realização do Grande encontro do artista da Terra, Zé Luiz,  com os amigos e suas raizes culturais,  com a  boa  musica, samba de coco, maracatu e ciranda, além das poesias, versos e prosas que tanto marcaram  as tardes de domingo no palco cultural do festival multicultural de Tupanatinga causou descontentamento a toda galera festiva que já tinha a programação como certa. 
Um encontro que   expresseva a maior  manifestação  de amizade, tendo  a arte como elo de humanização e encanto.
Ficou triste e cionzenta a tarde que antes era só alegria e arte. E como tudo se esquece, mesmo a dor, a melacolia...talvez na proxima ...possa ninguem mais se lembrar da falta que alegria faz. Assim como  amizade  que traz o bem, o amigo de tão distante. 
Acredito que o ser humano tem preguiça de ser feliz... por isso se cala, se assossega com a faltação...
 
Assim como o Sertanejo que não  aprendeu mas acostumou esperar a chuva olhando pro céu, acreditar sem rezar.
 
Precisamos de encontro sempre. Como diz Vinicius, mesmo havendo tantos desencontros. Precisamos sempre mais de amigos, mesmo diante da falta de gentileza e de solidariedade.  Arte mesmo sabendo da frieza, da ignorancia de tantos...    
 
 por edimilson
 
 

domingo, 17 de julho de 2016

IMPORTANCIA DA POESIA E DO POETA PARA SOCIEDADE

 Neste domingo de sol e radiante protegido pelo espírito de paz que reina na cidade após nove noite novenárias, em homenagem a padroeira da Cidade, Santa Clara. Aproveitamos então essa paz propicia para falar da poesia e do poeta que também é um mundo mágico e belo que é a poesia neste contexto. 

Falar da importância do poeta para comunidade e da continuidade no decorrer da semana falando dos nossos poetas e da região. 
 Iniciaremos com dois textos maravilhosos: A Importância do poeta para sociedade do Poeta Luiz Carlos, ex-gerente da Agencia do Banco do Brasil e o poeta na sociedade, publicação da Revista Cultura, boa leitura:  
 I
 I
A IMPORTÂNCIA DO POETA PARA A SOCIEDADE (publicação Jornal Portal Tupanatinga set/2014)
Luis Carlos
         O poeta é, antes de tudo, um pássaro mensageiro, que está sempre a cantar e realizar vôos quase sempre extraterrenos. Não fugindo a sua realidade, desses vôos, ele sempre cai, para que seja cumprido o sacrifício contínuo do ritual da renovação. O poeta tem compromisso para com a renovação de coisas já renovadas! É a tentativa constante da auto-superação.
         Mesmo com as cegueiras físicas e espirituais dos homens, haverá sempre um com uma ampla visão “cantando”, que servirá de modelo. A este podemos dar o nome de POETA. Tudo isso deve-se tão simplesmente ao fator magia, ao encanto provocado pela poesia. É a magia da palavra e a musicalidade dos sonhos verbais, enaltecendo o poder poético.
      Mas a poesia também desce até o espaço real da existência humana e o poeta se faz carne e habita entre os homens. Lado a lado, a poesia compreende a razão de conviver numa rua, num sobrado, numa estação invernosa ou quente, no interior de um homem ou, até mesmo, na singeleza exterior de uma pétala orvalhada.
         A poesia carece é de um espaço VIVO!
         Nós, poetas, queremos apenas exprimir nossa mais livre espontaneidade, dentro da mais espontânea liberdade. Queremos continuar a ser como somos: sinceros, sem artificialismos, sem contorcionismos, sem escolas de regras... Nada de postiço ou artificial. Queremos simplesmente agir. Agir com sangue (que é humanidade), com eletricidade (que é movimento) e com imaginação, buscando assim a emoção.

Salvem os POETAS!!!


O POETA NA SOCIEADADE
Revista Cultural

Enquanto todos se habituam com a hipocrisia social, o poeta abre os olhos e busca o que é real. Ele é um revolucionário descontente com o rumo que as coisas tomam, o poeta vai além do que simplesmente olhar, ele usa a poesia como sua arma para expressar: "algo está errado, abra os olhos e vá mudar, comece a renovar, se quer ver a sociedade se curar"! 
O poeta enxerga a vida e os sentimentos de uma maneira diferente,mais encantadora ou mais profunda, muito mais além do que vemos e transforma tudo isso em poesia, em palavras que tem vida.
Sim, o poeta é tudo isso.Mas o seu estatuto hoje em dia não é valorizado, novos poetas estão aparecendo, mas precisam enfrentar uma grande batalha para conseguir que sua obra alcance o público que deseja.
Grandes poetas como Alvares de Azevedo, Castro Alves e CarlosDrummond de Andrade deram voz e causas sociais de sua época.
O mundo continua girando e algumas coisas se desenvolvendo, outras nem tanto. Grandes acontecimentos estão marcando a história, alguns nem podemos acreditar que estão se desenrolando, e com certeza há poetas anónimos marcando no papel uma visão completamente crítica e sem eufemismo. Então como estamos valorizando? Como estamos dando chance a essas pessoas e suas obras? Os únicos que enxergam quando ninguém quer ver. Os rebeldes no mundo dos robôs. E principalmente como estamos tratando a nossa cultura?
O poeta acaba sendo um porta voz da população em suas reivindicações!




sábado, 16 de julho de 2016

Cá entre nós, A M I G O S !


Cá entre nós, recebi da Professora Janete um livro de presente do poeta e escritor Carlos Alberto de Franca, nosso conterrâneo, irmão de Marco Marinho(antigo Marco de noé, hoje Marco de Janete). Fascinante a obra e o poeta,  
 e em se tratando de valores da nossa terra, o contentamento é ainda maior.

O livro trata de encontros entre amigos, dessa linda juventude feliz, de encontros e aventuras da vida que com  o tempo agente vai só recordando. E tem de tudo o que se pode imginar nesse encontro de amigos e com certeza não faltou a mesa de bar para extravasar toda essa energia contagiante proprocionada pela vida. A farra, a turma, o momento e a vida. Gostei.

"A história: 
  Sentado á mesa do mesmo bar, a mesma de sempre, ali na calçada daquele velho e empoeirado estabelecimentoda rua 33, estávamos nós: 
O Ligeirinho-camarada-de-todas-as-horas; 
O Cara-charmoso-o-irresistivel-que sabia-de-tudo"; 
O Doutor, mas cordato, de vez em quando soltava umas pérolas...
O Fabuloso-saradão-que-adorava-o-espelho
e,  é claro, eu. "

Eu, que não sou um grande apreciador de bebvidas, em razão da alegre companhia dos meus amigos , não só viajaria horas, como tomaria uns quatro copos. Em verdades, mais me divertiam as brincadeiras, as tolices e as aventuras em que nos atirávamos quando  se reunia ente grupo.'


Pessoal  e por aí vai...  muita coisa boa acontece com essa turma... 

Mas nós que conhecemos essa familia, sabemos muito bém que a comunicação está no Sangue. Feito Carlos temos outros conterraneos tambem investido na arte e com certeza é um orgulho do lugar, vamos conhecer o nosso poeta e valorizar mais nossa cultura.

Na segunda parte da obra entra a poesia que é uma outra viagem, 

mas apartir de então vamos  conhecer mais esse prata da casa e a sua obra.

Carlos Alberto de França
nasceu em Tupanatinga, estado de Pernambuco. É advogado, administrador de empresas e poeta.Reside em São Paulo, mas sempre está em sitonia com sua Cidade Natal, vez por outra, deixa a metropole e vem  visitar familiares e amigos.

O Poeta é autor de dus obras:Voz de  um poema  e
                                                Cá entre nós, Amigos!




Entorpecida  (poesia do livro:Cá enrtre nós, Amigos)

Soluços desiludidos confundem a razão,
Lágrimas imprecisas e falas em contruções confusas,
Escondes a desviar-te de ti mesma.

Contas estristecidas rimas,
Bem quando descreves a tolas descobertas sobre a vida,
E revelas o universo maior que te intriga em improvável
conspiração.


Hás de compreender aquele  que fere ferido,
Que possa merecer ao final, o gargalhar e o riso
E consolar-te em tua angústia, teu peito ainda mais doído.

Repensarás  preterido teu, porquanto andas esquecida...
Elo empobrecido de teu deselegante passado,
Para compreender-te desolada em tua triste vida!

Corromper-te tristeza alada...
E repusla o que sentes como se outro mal tivesse feito,
Mas deixarás essa dor dentro do peito, ainda que calada!






por edimilson

sábado, 9 de julho de 2016

MOMENTO ÚNICO DA NOSSA CULTURA

          É preciso termos identidade cultural para não virarmos suco



               Sinceramente, ao ler essa matéria passaram em minha mente todos os momentos que participei e vivenciei em Tupanatinga, a cultura viva e real defendida pelo casal Eliane Ferro e Edmilson, é algo esplêndido feito com pesquisa e conhecimento da causa, defender um movimento cultural e colocá-lo em evidência é algo muito trabalhoso e que precisa de muita dedicação e apoio de todos que fazem a comunidade, principalmente os poderes constituídos.                      A             Erem José Emílio de Melo foi e será parceira desse movimento defendido pelo brilhante casal, quantas apresentações aconteram e acontecerão nos ambientes daquela Instituição de Ensino. Muito bom relembrar os artistas locais que brilharam de sua forma simples nos palcos da vida, entre eles Severino, Amarelinho, Chico Moura, Zezinho e Daniel e tantos outros, como tão bem lembrou o nosso amigo Zé de Nica. Tupanatinga irá lembrar sempre desse casal que brilhantemente escreveram a história cultural de nossa Terra. Parabéns amigos tudo de bom.


Luiz Carlos Cavalcante

Professor de Geografia 

Parabéns, Jose Edimilson e Eliane Ferro! O projeto cultural de Tupanatinga executado por vocês  tem uma dimensão imensurável contemporânea. Já fazem parte da História de nossa cidade, com o registro histórico que deve ser agregado com participação das instituições e sociedade para que se perpetue de geração à geração.
Janete Ferreira 
professora de Lingaua Portuguesa


por edimilson

Cultura é tudo quanto o ser humano respira, aspira, faz, vê, sente, pode ser a vida em movimento, à noite, o dia, coisas dos seres humanos.
A cultura não tem dono. È algo que acontece em quanto se há vida, rastos, pegadas, movimentos. Tudo que dá sentido ou não.
Sua importância é a identificação, seu registro, o acontecimento. O fato. Tudo que se faz se pensa, se fala gera história, memória. Talvez seja uma das maiores contribuições da cultura que é poder tornar-se memória, história, a identidade de um povo. O pensamento de um homem, comunidade, nação. Isso faz sentido.
A construção de uma sociedade socialmente justa, com desenvolvimento sustentável passa pela formação cultural do seu povo. É o reconhecimento. É a formação ideal de valores éticos e morais que na ausência deles tem-se uma sociedade rendida, presa, acuada, indefesa, sem voz e sem vez. Só aceita, só se vende sem nem questionar valores.  Não se identifica, pode então se apagar,deletar. Não se opina. Por isso a cultura é tão importante e às vezes incomoda. Importante porque é grito de guerra, é sinal de vida. É a voz do dono. A luta pela cultura é a redenção de uma comunidade, de uma nação. Construção de uma cidadania, de uma democracia. Institucionalização dos direitos e a retomada de territórios.
Em nossa comunidade muito embora por um tempo em circuito, foi implantada uma semente. Nosso povo tem alma, tem sonho, tem aspiração. Embora não se tenha concluído o ciclo, mas graças à força bruta que nos move às vezes sem medo, pode-se ver o rosto e a cara da nossa cultura, da nossa Gente. Foi muito bom, embora rápido se foi como se chegou, mais valeu o resgate do Cine Clube Deusa Branca, cultura popular:samba de coco raízes de Tupanatinga, mariquinha do Coco,  Severino Carquejo  que já se foi mas ficou na memória. Amarelinho que também se foi mas fez história. Nossas Bandas de pífanos Santa Clara e Serra dos Dé, tão originais e tão autênticas. 
Nossos músicos Zé Luiz, Jaílson Oliveira, Cláudio Melo, nossos escritores, poetas e repentistas, quantos momentos de emoções e arte nos proporcionaram.
Valeu Eliane Ferro, madeira que cupim não rói, firme na construção dos eixos culturais, na desenvoltura e lucidez nas realizações das conferencias culturais, na defesa da implantação de um sistema municipal de cultura, na sua abrangência que se fez necessária. Na coragem da realização de eventos culturais na festa tradicional da Cidade, com espaço para as manifestações da nossa arte popular e espaço para exposição artesanal, com intuito de fortalecer nossa economia cultural, E todos educadores, gestores, professores, e o professor e acadêmico Dílson Cavalcante sempre imanado na defesa do conhecimento, amigos e comunidade que apoiaram acreditando em dias melhores para nossa educação e cultura e aos nossos políticos sensíveis com a causa. Muitos momentos com certeza ficarão registrados na memória da nossa gente e se tornarão  então história e se não se constituíram pelo menos não viraram suco.

 JOSE DO SESC BUQUE, SEMPRE PARCEIRA E ARTICULADA NA FORMAÇÃO CULTURAL DA NOSSA COMUNIDADE

Jose do SESC Buíque, grande parceira e forte articuladora de politicas culturais na Cidade de Buíque e sempre proporcionando com o SESC ações culturais em nosso Município. Sua participação no fortalecimento na implantação de um ideário  cultural em nossa comunidade foi muito valiosa e juntamente com a nossa articuladora e professora Eliane Ferro formaram  grande parceria. 

O Poeta da Casa também externou sua arte no local ideal, na biblioteca municipal


A poesia recitada, cantada no espaço literário 
adequado. O Poeta da Casa tem um encontro com o seu publico e promove grande espatulo cultural proporcionando grande encontro entre educação e cultura. Com apoio do SESC Buíque, escolas e comunidade mais um evento que marcou com muita grandeza. O artista se apresenta e com a participação calorosa de alunos, amigos e convidados promove interação sobre a historia e formação do artista e Zé Luiz, um dos nossos grandes artistas da casa, brilha, encanta, faz verso, causo, letramento, arte, Educa e diverte.  Não precisamos de tanto para fazermos a diferença. 



O SAMBA DE COCO E AS BADAS DE PÍFANOS FORTALECEM NOSSO ENRAIZAMENTO CULTURAL


Nossa Cultura popular Samba de Coco, raízes de Tupanatinga e a banda de Pífano, representaram bem nossos valores históricos e chamaram atenção para importância da preservação dos nossos valores culturais, sociais e políticos. Foram grupos formados por gerações e gerações centenárias , repassando valores da nossa historia e por isso tem sua importância primordial na formação da nossa geração. Nossa origem quilombola e indigna é muito real na nossa cultura. O Coco e a Banda de pífano Sana Clara são movimentos ricos desses códigos genéticos de enraiamento, da cultura de uma etnia.




E a nossa histórica banda de pífano da serra dos Dé,  quantos valores e historias de uma geração de família na tradição cultural de banda de pífano da zona rural de Tupanatinga e para nosso conhecimento cultural sobre uma banda de pífano vamos conhecer um pouco:  
 " É um conjunto instrumental de percussão e sopro, dos mais antigos, característicos e importantes da música folclórica brasileira. Historicamente o pífano remonta à época dos primeiros cristãos, que tinham no pífano, pifes ou epífora, uma maneira de saudar a Virgem Maria nas festas natalinas. Na feição nordestina a banda de pífanos é uma criação do mestiço brasileiro, que com sua criatividade e intuição musical adaptou o instrumental, dando-lhe a forma típica pela qual é conhecida no folclore brasileiro." 

         Aqui na na Zona Rural de Tupanatinga, a família dos Dé, lá na serra dos Dé, ha mais de 10km da Cidade, adotou essa arte há  cem anos vem  atravessando gerações.  A Banda começou tocando, hino na Igreja. Depois Novenas em Boqueirão e região. As musicas da época eram o repertorio da Banda, principalmente o Baião e triste partida, mas tocava outros ritmos como a alvorada, matina, retirada, tango, marchas, valsas bendito e musica de reizado, cantiga de cangaço (muié rendeira)    

ELIANE FERRO REPRESENTOU NOSSA MICRO REGIÃO NA III CONFERENCIA NACIONAL DE CULTURA



Nossa Articuladora de Cultura Elaine Ferro,  fez seu trabalho e cumpriu sua missão na luta pela consolidadão  do sistema municipal de cultura, pela sua defesa  e  participação  ativa na construção do fortalecimento da cultura, foi convocada para participar da conferencia nacional em Brasília, acoes importantes que ajudou o Brasil consolidar leis e diretrizes na edificação  da construção  do Sistema Nacional de Cultura. Hoje o ministério de Cultura, talvez seja uns dos ministérios mais enraizados com suas bases, por isso não está sendo fácil o atual Presidente Interino desconstruir esse segmento para provocar retrocesso politico na luta pela educação e cultura do nosso povo.
                                                  

O CINE PROMOVEU FORMAÇÃO DE ÁUDIO VISUAL COM OS EDUCADORES

A instalação do Cine Clube Deusa Branca também contribuiu na formação dos alunos provocando grandes momentos de descontração, conhecimento e visão de mundo. O professor na época Luiz Antônio Filho, proporcionou vários momentos com seus alunos com muito sucesso e satisfação da criançada.

O milagre da sétima arte proprociounou momento único, graça ao empenho de professores, profissionais e técnicos que junto tentaram consolidar na nossa comunidade, espaço de cultura e educação para o fortalecimento da nossa cidadania e trazer ao nosso meio, esperança no desenvolvimento da nossa comunidade. 

Em uma sociedade pequena e de parcos recursos, acreditar na educação das crianças e jovens contribui bastante para diminuição do uso das drogas, álcool, e fortalece a crença na busca de uma sociedade livre, educadora, desenvolvida, confiável e credora de todos os segmentos da sociedade. 
  O Cinema também promoveu capacitação com os professores,  incentivando a sétima arte como uma ferramenta essencial educação. O Filme  no Cinema também amplia ainda mais os horizontes dos alunos, abrindo janelas para o mundo. 

O Cordel também se fez presente com a participação do Poeta Paulo Tarcísio.

 O Poeta Paulo, também marcou sua participação com sua poesia de cordel, ampliando e vislumbrando a criatividade popular do nosso povo. Poesia, prosa , verso e muitos causos  tendo sempre uma boa musica sertaneja com sua banda cultural, contribuindo assim para o encantamento da arte em nosso meio.

II CONFERENCIA DE CULTURA AMPLA E ABRANGENTE COM A PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS SEGMENTOS DA CIDADE
   
As conferencias têm seus objetivos e suas importâncias que devem ser bem definidas para que se alcance a profundidade necessária e atinja-se o alvo que é ensencia nescessária  para que todo projeto consiga apoio e credibilidade. Foi assim que se constitui as nossas conferencias, graças a persistência da articuladora Eliane Ferro. O que  foi feito está feito. A participação da representante do Ministerio da Cultura Vânia Brayner reconhecendo nosso território com a participação 
calorosa da sociedade validou a luta e o trabalho da equipe responsável pela realização da  conferencia. A participação politica, coletiva e individual  de artistas e a população em geral contribuíram par o grande feito.

FESTIVAL MULTICULTURAL DE TUPANATINGA



È necessário que se fale, comente, curta, compartilhe e até defenda quantas fezes for necessário aquilo que é ou foi bom. Umas das ações grandiosa,  difícil e até   ousada  foi a tentativa de se criar espaço para cultura local no principal evento da cidade. 

Falar de cultura, inclusão social, participação popular numa região mesmo carente como a nossa, causa a mesmo preconceito quando se defende o nordestino no centro Sul e Sudeste do Pais. 

Defender a cultua popular no  evento tradicional da sociedade Tupanatinguense não foi fácil. Inicialmente foi até humilhante. O apoio evidentente veio aos poucos quando se começou acreditar que os valores culturais e locais são realmente a essencial de um evento deste nível.  Nosso povo ainda desconhece a Propriá alma, o preconceito e o descaso são violentos e fora do comum. Isso significa e representa o quanto a educação brasileira ainda está  distante de promover a integração, acabar com a desigualdade social e promover a framação ampla e qualitativa e sobre tudo realizar a tão sonhada  cultura da paz.

Mas as ações realizada neste evento foi fundamental e é póssivel. É necessária. O povo é quem faz a festa, é quem  paga a conta e porque não têm o acesso e o direito a participação, usufruto.  Poder Mostrar a sua arte,  expor sua cultura, exibir sua musica, declamar sua poesia... vender dignamente suas obras, feito do seu talento do seu dom. Ser gente. Precisamos de tão pouco para fazermos tal diferença. O povo só que ter a oportunidade  de se apresentar e com alegria fazer todo mundo feliz.