sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Cultura: Artistas e instituições recebem homenagens da Presidenta Dilma e Ministros.

Dilma: “A cultura é elemento estratégico para a construção de um país”

A presidenta Dilma Rousseff e ministros homenagearam artistas e instituições que contribuem para a cultura brasileira com a Ordem do Mérito Cultural. Vinte e seis pessoas e instituições foram agraciadas, nesta quarta-feira (5), com a medalha.


Marta Suplicy, Michel Temer, Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante e Henrique Paim durante a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2014. (Foto de Janine Moraes)Marta Suplicy, Michel Temer, Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante e Henrique Paim durante a cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Cultural 2014. (Foto de Janine Moraes)


A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Além da presidenta Dilma, o evento contou com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy, do vice-presidente Michel Temer, do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e demais autoridades, para a entrega das medalhas. 


Segundo Dilma, o prêmio, entregue no Dia Nacional da Cultura, reconhece artistas brasileiros que representam o que o país tem de melhor e que o distinguirá, no presente e no futuro, de outras nações. “Esta cerimônia nos permite valorizar e reconhecer algo que é uma das nossas riquezas, essa extrema diversidade cultural que constitui, talvez, um patrimônio tão importante quanto nossa capacidade de construir, criar e produzir cultura nesse país”, afirmou.

A presidenta ressaltou que a diversidade cultural brasileira mistura propostas, sabores e manifestações “que compõem o mosaico de nossa nacionalidade e nossa cultura”. “Mulheres e homens de talento, que expressam aquilo que talvez o ser humano tenha de mais caro, que é ser capaz de criar, de expressar o que sente, transmitir símbolos, de contar histórias, fazer narrativas.”

A edição deste ano da OMC homenageia o centenário de nascimento de duas personalidades artísticas que ajudaram a construir e enriquecer a identidade cultural brasileira: a pintora Djanira da Motta e Silva e a arquiteta modernista Lina Bo Bardi.

Investimentos de R$ 1,2 bilhão

Durante a cerimônia, a presidenta fez um breve balanço sobre programas estratégicos do governo federal na área da cultura. Na campo do audiovisual, o programa Brasil de Todas as Telas, que apoia e financia produções brasileiras para cinema e TV, está destinando R$ 1,2 bilhão para fomentar o setor. O investimento será voltado ao desenvolvimento de projetos e roteiros, além do incentivo à produção e difusão de conteúdos brasileiros, valorizando a diversidade e a riqueza da cultura regional.

A presidenta apontou também o investimento que está sendo feito na memória cultural do país por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas.“O PAC das Cidades Históricas é uma das iniciativas que eu considero fundamentais. Nós temos de ter memória, e a nossa memória está na recuperação e na preservação do Patrimônio Histórico Nacional. É R$ 1,6 bilhão em investimentos até 2015”, afirmou a presidenta.

Premiados

O maestro Júlio Medaglia, o roteirista e diretor Orlando Senna e os familiares do falecido pintor Jenner Augusto receberam o título Grã-Cruz, o mais alto grau de premiação, seguido por Comendador e Cavaleiro, respectivamente.

Na classe Comendador, foram agraciados Bernardo Paz (idealizador do Centro de Arte Contemporânea Inhotim), Henricredo Coelho (mais conhecido como Palhaço Gafanhoto), Luiz Angelo da Silva (Ogan Luiz Bangbala), a cantora Marisa Monte, a atriz Patrícia Pillar e o falecido chef Paulo de Araújo Leal Martins. 

Na classe Cavaleiro, os premiados foram o chef Alex Atala, o ator e diretor Celso Frateschi, a escritora Eliane Potiguara, o autor e ator Chico de Assis, o antropólogo Hermano Vianna, o sertanista José Meirelles, a falecida cantora Vange Leonel, o ator Matheus Nachtergaele, o estilista Oskar Metsavaht, o rapper Mano Brown, o mestre da cultura popular Tião Oleiro e a dupla sertaneja Bruno e Marrone.

Alguns artistas que já tinham recebido a homenagem ganharam novo título. A escritora Adélia Prado e o jornalista Washington Novaes foram promovidos para a Classe Grã-Cruz e o cantor Pinduca e a coreógrafa Angel Vianna para a classe Comendador.

Quatro entidades também foram agraciadas, mas sem grau de classe. São elas: Escola de Gente (ONG de inclusão social), o grupo de dança Ciranda de Tarituba, a Fundação Sara Kali (com atividades de inclusão do povo cigano) e o Grupo Cena 11 Cia. de Dança. 

Leia mais:
Dilma e ministra Marta entregam Ordem do Mérito Cultural nesta quarta
Entrega de prêmio marca comemoração do Dia Nacional da Cultura 

Cultura com Marilena Chaui

"Conformismo e resistência": Marilena Chaui analisa a cultura popular

“Se um dia a democracia for possível neste país, ela nascerá dos movimentos sociais e populares, do contrapoder social e político que transforma a plebe em cidadã e os cidadãos em sujeitos que declaram suas diferenças e manifestam seus conflitos”. Esta frase da filósofa Marilena Chaui é usada por Homero Santiago, organizador do quarto volume da coleção Escritos de Marilena Chaui, para apresentar o livro Conformismo e resistência.


Marilena Chaui é uma das grandes pensadoras do Brasil, professora de História da Filosofia de Filosofia Política na USP.Marilena Chaui é uma das grandes pensadoras do Brasil, professora de História da Filosofia de Filosofia Política na USP.
Esta edição é dividida em quatro partes e traz um caso paradigmático do rico diálogo travado pela obra da filósofa com as ciências sociais brasileiras a partir de uma questão fundamental: O que é a cultura popular e qual forma específica ela assume em nosso país?

O livro soma diversos ensaios, depoimentos, conferências e artigos de jornal produzidos nas décadas de 1970 e 1980 pela pensadora. O ponto mais alto dessa incursão é o texto “Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular”.

Trata-se de uma investigação aprofundada que Marilena faz para apreender a originalidade da cultura popular como uma lógica ou um saber particular que, ao mesmo tempo em que adere ao estado atual e reproduz o autoritarismo das elites, também é capaz de opor-se ao sistema e expressa o desejo de liberdade próprio das classes populares.

Segundo define Santiago, “crucial é a opção teórica e política de Marilena Chauí, exprimida quer sob forma emotiva quer rigorosamente justificada, como nos textos deste volume. Contra a concepção de que o poder deve ser mantido à distância da plebe, leia-se gentinha ignorante, instável, interesseira, que menospreza a ética, pensa com o bolso, vota com o estômago e chega ao cúmulo hoje de frequentar aeroportos portando seus hábitos de rodoviária. A favor daqueles que, nem heróis, nem coitados, detêm um saber, uma lógica, uma cultura ambíguos, entre conformismo e resistência, e que por isso mesmo fornecem a base de qualquer projeto futuro de democracia radical, isto é, verdadeira”.



Informações:
Título: Conformismo e resistência
Autora: Marilena Chaui
Organizador: Homero Santiago
Coleção: Escritos de Marilena Chaui
Editoras: Autêntica e Fundação Perseu Abramo

Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mario Lago: vida e obra em exposição.

Exposição “Eu Lago sou” conta a vida e obra de Mário Lago

Exposição Eu Lago Sou conta vida e obra de Mário Lago
Reprodução
Exposição Eu Lago Sou conta vida e obra de Mário Lago

Grande parte da vida e da obra de “Mário Lago” é contada em exposição realizada no Centro Cultural Correios de São Paulo. A mostra começou no dia 31 de outubro e segue até 30 de dezembro. “Eu Lago Sou - Mário Lago um homem do século XX”, já passou pelo Rio de Janeiro, Brasília e Recife, e traz imagens superpostas por frases e versos autobiográficos, cartazes, cenas de novelas e peças teatrais, manuscritos, capas de livros, além de figuras e cenários da boemia carioca, amigos, família, troféus. 


O curador Mario Lago Filho comandou uma roda de samba com sambistas convidados da capital paulista na abertura da exposição. No repertório, músicas e poesias de Mário Lago. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 11h às 17h. A entrada Gratuita.

Segundo a coordenadora geral da exposição, Mariana Marinho, a concepção da mostra foi executada de modo que o público sinta que está sendo guiado pelo próprio artista. “A sala principal foi concebida como se o próprio Mário Lago estivesse recebendo o público em sua casa”, explica.

O objetivo da exposição é mostrar para as diversas gerações como o ator, compositor e cidadão carioca Mário Lago influenciou e se deixou influenciar pela sociedade em que viveu – a qual chamava de “moldura do meu quadro”, além de firmar a sua memória como um patrimônio atemporal.

A Mostra nos leva a um passeio cronológico sobre o desenvolvimento do artista e sua interação com os principais fatos do seu tempo, década a década. Assim, é possível se deparar com episódios históricos como a segunda guerra mundial, retratada por caricatura de J Carlos, o Golpe de 64, a Revista Radiolândia, contando a história da inspiração da Música, entre outros.

Quem visitar o evento também poderá ouvir trechos de programas de rádio das décadas de 40 e 50, e ver imagens da novela “Dancing Days” e das séries “O tempo e o Vento” e “Hilda Furacão”. 


Portal Vermelho

Cultura em Debate

Luís Brito Garcia: Identidade, cultura, hegemonia

A Personalidade é a soma do Temperamento e do Caráter que a ação social forja sobre um ser. Não há características psicológicas inatas que definam e distingam os grupos humanos.

Por Luís Britto Garcia, em Cubadebate


Reprodução
Obra do artista contemporâneo BanksyObra do artista contemporâneo Banksy
A identidade de um grupo social é o que os psicólogos denominam Personalidade Básica: a somatória do conjunto de necessidades, crenças, valores, atitudes, motivações e condutas imbuídos pela ação coletiva, compartilhados pela maioria de seus integrantes e que o distinguem de outros conjuntos humanos.

Assim, a Identidade é também um assunto cultural. Sem cultura, não há identidade. Somos em grande medida o legado de signos que nosso grupo nos transmite e que se confunde com nossa maneira de ser. Mas a Identidade é igualmente um assunto político. Aceitamos fazer parte de coletivos com os quais compartilhamos um sentido de pertencimento.

Maquiavel advertia que a tarefa de um Príncipe que conquistava Estados com religião, línguas e costumes distintos dos de suas outras possessões era tão difícil, que devia deixá-los conservar tais características e limitar-se a cobrar um tributo. Atribui-se a ele o ditado “divide e vencerás”, porque nada torna um Estado mais vulnerável do que a contraposição inconciliável de costumes, idiomas e crenças distintos. “Integra e perdurarás”, poderíamos acrescentar, no sentido de que a tarefa do estadista é pôr de manifesto e estimular aquilo que une a coletividade em vez do que a desintegra.

Cultura revolucionária
Cultura é a somatória das criações da humanidade. Estas ativam as forças produtivas, tecem as relações de produção e armam superestruturas ideológicas que mantêm estável um certo modo de produção. Mas dentro deste há forças inovadoras que erigem outra coisa nova: mobilizam novas forças produtivas, estabelecem originais relações de produção, produzem superestruturas inéditas, que destroem o caduco. Não há revolução sem cultura revolucionária. Em todas as épocas os universos da ciência, o direito, a filosofia, a estética, são expressões sensíveis da luta de um paradigma moribundo contra outro que nasce. Toda revolução lança sobre o mundo um dilúvio de temas, formas e estilos inéditos. A soviética, para mencionar apenas uma, criou o construtivismo, o abstracionismo, a linguagem do cinema, a arquitetura e a música modernas. Imaginemos as culturas do Reino da Liberdade.

Hegemonia cultural
Hegemonia é o poder de determinar condutas mais pela persuasão e o consenso do que pela repressão. Toda revolução é filha de uma hegemonia cultural nascente. O pensamento racionalista de Montesquieu, Voltaire e Rousseau predomina sobre o vetusto clericalismo do feudalismo e abre caminho às revoluções burguesas. Marx e Engels abrem o caminho a quase um século de predomínio planetário dos socialismos. Na Venezuela dos anos 1960, 1970 e 1980, a Esquerda Cultural exerce uma quase absoluta hegemonia na poesia, na narrativa, nas artes plásticas, no teatro, na cinematografia revolucionária, na música de protesto, no ensaio crítico, na interpretação materialista da História e no manejo da provocação.

Sob essa hegemonia cultural operam o auge de massas dos anos 1960 e a luta armada com a qual este se defende. Quase toda manifestação cultural importante é criada sob o signo revolucionário; nem uma só grande obra resume ou legitima o ideário da reação. A insurreição é derrotada nos aspectos militar e político, mas o substrato ideológico que construiu segue latente, influi nos levantamentos populares do Meridazo e Caracazo, e serve de marco para a rebelião militar de 1992 e a construção do bolivarianismo. No campo cultural, um dos mais decisivos, a esquerda tem uma hegemonia que pode decidir tudo.

Luís Brito Garcia é escritor e dramaturgo venezuelano, vencedor do Prêmio Casa de las Américas em 1969 e 1970.

Tradução de José Reinaldo Carvalho, do Vermelho


sábado, 11 de outubro de 2014

Se avexe não, o Nordeste é uma belezura!

Se avexe não, o Nordeste é uma belezura!


“Se avexe não, que amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada!”, estes são versos da música “A natureza das coisas” do intérprete paraibano Flávio José, músico que resgata o tradicional forró nordestino e tem como principais referências Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Além destes, o Nordeste tem outros tantos músicos e compositores que despontaram levando pelo país a cultura rica desse povo lutador e festeiro.

Por Mariana Serafini, do Portal Vermelho


Reprodução
O cordel é muito forte no Nordeste do BrasilO cordel é muito forte no Nordeste do Brasil
Após o resultado do 1º turno das eleições presidenciais, choveu em São Paulo (chuva mesmo, não há previsão) e no Sul do país comentários preconceituosos contra o povo nordestino, onde a votação em Dilma Rousseff foi mais expressiva. Frases como “nordestinos burros” ou “nordestino pobre” invadiram a internet, como se disseminar qualquer tipo de preconceito fosse muito inteligente e esclarecedor.

Mas se avexe não, nós sabemos que o povo nordestino além de muito esperto é também consciente de sua realidade social e por isso decidiu, massivamente, pela continuidade do projeto político que levou, além de água e oportunidades, a dignidade de volta ao Nordeste brasileiro. A região padeceu com a seca até que um governo tivesse vontade política de construir grandes reservatórios e mudar essa realidade, atitude que iniciou com o governo Lula em 2002.

“Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João/ Eu perguntei a Deus do céu, ai, por que tamanha judiação?”. Com vontade política e ações concretas os versos dos compositores Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira em Asa Branca já não são mais a realidade do povo do Nordeste. Mas nem por isso Luiz Gonzaga perdeu seu posto de Rei do Baião ou deixou de ser um dos maiores nomes da música brasileira.

O Nordeste é também o berço de grandes escritores brasileiros, que despontaram com uma literatura rica. Autores renomados que foram parar no cinema e TV, como Jorge Amado e seus clássicos Capitães da Areia ou Gabriela compõem o vasto repertório da literatura nordestina. Ariano Suassuna, Graciliano ramos, Ferreira Gullar, Patativa do Assaré, Rachel de Queiroz, Manuel Bandeira, José Lins do Rego, são só alguns dos inúmeros escritores nordestinos que conquistaram o restante do país e tornaram nossa literatura reconhecida mundialmente.

Mas além de grandes escritores, o Nordeste preservou um estilo de literatura que hoje em dia dificilmente se encontra em outras regiões do país. Falo do Cordel, a contação de história com rimas e xilogravuras que faz da nossa forma de usar as palavras única e peculiar. Não é difícil encontrar grandes “cordelistas” pelas ruas do Nordeste, vendendo a preços baixos a mais pura literatura brasileira, essa é, por sinal, uma das principais características do estilo literário, a popularização das palavras.

“Abrasileirar” as coisas não é lá uma tradição das bandas jovens nacionais, mas é isso que o Cordel do Fogo Encantado faz muito bem. A banda pernambucana mistura referências do rock’n’roll com brasilidades de forma experimental que rende uma música pra lá de brasileira. Mas além disso, resgata a cultura nordestina. Eles são os responsáveis pela interpretação da poesia de Zé da Luz, “Ai se sêsse”.

E se o assunto é originalidade, Pernambuco também mandou bem ao apresentar ao mundo o som que mudaria nossa forma de ver e ouvir o rock nacional nos anos 90 quando surgiu, de uma “explosão atômica”, a Nação Zumbi com seu maracatu.

Estes são apenas alguns dos exemplos do quanto a cultura do Nordeste é rica, isso só é possível com um povo igualmente culto e esclarecido que hoje prova não ter nenhum receio em mostrar também seu posicionamento político firme e acertado.

Assista ao vídeo onde a banda Cordel do Fogo Encantado narra a poesia de Zé da Luz: 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ex-Ministro Juca Ferreira coordenará propostas para a Cultura de Dilma

Cultura

4 de setembro de 2014 - 8h02 

Ex-Ministro Juca Ferreira coordenará propostas para a Cultura de Dilma


 Foto: Elza Fiúza/ABr

O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, participará da coordenação da construção das propostas para a Cultura que constarão no Programa de Governo da presidenta Dilma para o segundo mandato. Com passagem de sucesso no Ministério da Cultura, onde implementou políticas públicas relevantes para o setor, Juca Ferreira foi convidado pessoalmente pela presidenta Dilma a participar da produção do documento.


 Foto: Elza Fiúza/ABr
Segundo o ex-ministro, a maior experiência que o Brasil já teve na construção de políticas públicas para a Cultura teve início no governo Lula. “Vamos garantir que o governo da presidenta Dilma continue os avanços conquistados. Precisamos manter e ampliar as políticas públicas que garantem direitos de acesso pleno à Cultura, criar condições para o desenvolvimento da estrutura simbólica da Cultura e para o desenvolvimento econômico das atividades culturais”, listou.

Construção coletivaJuca Ferreira avalia que a principal maneira de construir políticas públicas é de forma coletiva. “Vamos abrir imediatamente uma discussão coletiva. Vamos definir as propostas e construir os mecanismos da forma mais colaborativa e mais ampla possível. Foi assim que trabalhamos no Ministério da Cultura, e é assim que trabalharemos sempre”.

O ex-ministro lembrou que a construção do Plano Nacional de Cultura, instituído em 2010, resultou da participação de 200 mil pessoas, que se reuniram em 80% dos municípios brasileiros. “Foi uma construção conjunta, onde desenvolvemos políticas públicas relevantes, como a modernização do Direito Autoral, o avanço na política de patrocínios, o Vale Cultura e o Programa Cultura Viva, por exemplo”, listou Juca.

Quadro eleitoralSobre a disputa eleitoral, Juca Ferreira comentou que o Brasil está vivendo um momento novo, com uma disputa de projetos. “O Governo Dilma tem a força da construção das políticas de redução da desigualdade, da construção de Direitos, da absoluta liberdade de expressão. A outra candidatura significa o retorno das teses neoliberais, com redução do Estado. Nesta eleição a decisão do povo é entre seguir avançando ou voltar atrás”.

Fonte: Portal da Dilma

terça-feira, 29 de julho de 2014

PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL MUTICULTURAL DE TUPANATINGA 2014




02- sabado - forró Estigado e Rodolfo Melo
03-domingo- Yago - Trio da Luana
04- SEG-Origem do Forró e Otávio e Otacílio
05- TER - Brasas do Forro e Edson Goias e Lucivan
06-QUAR-Musa e Vaqueiros de Forro
07 - QUIN-Luan e Forro Estilizado e Jailsonb Oliveira e Banda
08- SEX - Mano Walter - Vilões do Forró
09 -SAB  - Arreios de Ouros
10-DOM -Léo Magalhães e forro moído


Desejamos a todos uma boa festas e que todos se divertam em paz.
Conexão Cultural

segunda-feira, 28 de julho de 2014

DEMORA DA PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL MULTICULTURAL DE TUPANATINGA INQUIETA POPULAÇÃO

A Comunidade festiva de Tupanatinga está desapontada. A Tradicional festa de agosto que há mais de 50 anos sempre foi bem festejada, sendo um dos eventos mais popular da região com possibilidade de consolidar-se em um grande espaço de cultual, religião, turismo e de prospecção empreendedora, poderá aos poucos perder essa hegemonia e deixar de ser a agenda principal da região, como sempre foi assim reverenciada não somente pela comunidade local, mas pelas cidades vizinhas e região.

Mesmo conseguindo superar-se com o desligamento da igreja, razão maior deste evento durante todo tempo, responsável pela participação religiosa (quer messes, missas e novenas), o festival multicultural precisa de uma coordenação  mais ampla e que tenha todo o apoio possível e um planejamento especifico para o evento, tendo em vista ser um evento de suma importância para o município, principalmente também ser o único, já que não temos mais as festividades juninas, natal, carnaval, daí a inquietação da população.

Vamos aguardar o anuncio da festa e programarmos que a festa é única.  








quarta-feira, 16 de julho de 2014

MAIS UMA REALIZAÇÃO COM SUCESSO DA FESTA DA PADROEIRA SANTA CLARA


Texto:Edimilson
Fotos:Alessandra
Termina hoje (16) a tradicional festa da padroeira de Tupanatinga, Santa Clara de Assis. 
O Evento é realizado pela Paróquia de Santa Clara, e teve iniciou no dia 7 de julho. São nove noites de novenas com missa celebrada pelo PE. Antônio Ferreira, mas a cada noite o pároco recebe a companhia de vário vigário da Diocese que juntos abrilhantam com palestras e louvores a festa religiosa que a cada ano aumenta a participação da comunidade local e demais regiões. 
 O Evento também traz este ano o tema para reflexão: ”SANTA CLARA DE ASSIS ENSINA-NOS A ENCONTRAR O CAMINHO DA LIBERDADE PROPOSTO POR JESUS.”.



A MISSA  DO  VAQUEIRO REÚNE CENTENAS DE FAMÍLIAS DAS ÁREAS RURAIS E CIDADES VIZINHAS.

  Um dos momentos importante de muita integração foi a realização da tradicional missa do vaqueiro que concentra maior parte da população rural e cidades vizinhas.
A Missa do Vaqueiro este ano teve início às 11h, antecedida de uma cavalgada pelas principais ruas da cidade, com a participação do Pe. Antônio Ferreira, pároco local, e de autoridades municipais. Após a celebração, foi feita uma homenagem pelos aboiadores com a toada que trata em seus versos da diferença do padre e o vaqueiro. A concentração aconteceu no curral de gado que depois seguiram em desfile pelas ruas da Cidade em uma grande cavalgada com destino a Igreja Matriz de Santa Clara e onde foi celebrada a missa em homenagem aos vaqueiros do município e região, sendo lembrado o grande Vaqueiro da Região: Antônio Camilo, grande articulador e realizador de grandes festas de gados região, como vaquejada e pega de boi. Os aboios de animação ficaram por conto dos cantadores Benedito Turiba e Louro aboiador. No final da noite ainda houve a passeata de centenas de carros pelas ruas, comemorando a noite dos motoristas.
 
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terça-feira, 10 de junho de 2014

TV Pernambuco grava programa em Tupanatinga

O  Programa Pé na Rua  do Canal de televisão de Recife gravou e entrevistou com exclusividade o  Grupo de   Samba de Cocô Raízes de Tupanatinga.

Por Edimilson


Foi Nessa segunda feira, que a Equipe do Programa Pé na Rua, da TV PERNAMBUCO, após passar por várias Cidades do Alto Sertão de Alagoas, Paulo Afonso, Petrolândia chegou aqui em Tupanatinga, agreste meridional do Estado, por volta das nove horas, e fez sua matéria especial do Programa Pé na Rua, com o Grupo de Samba de Coco, o qual é um dos movimentos culturais do Município mais antigo e precisa ser preservado.

A Gravação foi realizada no alto da Boa Vista, antigo carrasco, local em que a comunidade do coco tem suas raízes. A entrevistada foi a mestre do Coco que respondeu sobre a  
trajetória  do grupo de samba e suas expectativas.

O Programa gravado aqui vai ao ar em Setembro.  O Horário do programa Pé na Rua é aos domingos ás 18h30 e reprisado nas quartas feiras.


A Professora Eliane Ferro, foi responsável pela organização do grupo para este encontro e responsável por esta Matéria.












Fotos; Eliane Ferro.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Desbravadores a cavalo: de Tupanatinga ao Puiu!

Tupanatinga há 300 km de recife, cidade do agreste meridional. Vizinha a Cidade de Buíque fazem divisa com o sertão do Moxotó: Arcoverde, Sertânia, Ibimirim e Inajá. 

Nesta área existe uma reserva indígena de 12.260ha, com doze aldeias de índios denominados de KAPINAWÁ distribuídos nas aldeias Mina Grande (sendo esta a sede), j
Julião, Palmeira, Macaco, Maraçamduba, Maniçoba, Areia Grossa e Santa Rosa, Marias Pretas, Quirindalho, Riachinho e Pau Ferro.

 Toda essa extensão de terra é localizada em parte no vale do Catimbau, um passeio aventureiro não será possível ser feito somente a carro. Há lugares que somente a cavalo ou a pé pode-se chegar. Uma mata virgem e infinita que só desbravador feito Nicolau Aranha Pacheco, no século 17 onde pela primeira vez cruzou toda essa região demarcando todo território sertanejo. 

 Foi com este espírito que os desbravadores José Gomes, Lucildo, Luís Carlos e Armando, organizaram uma aventura invejável e corajosa e partiram  do Sitio Chico (Povoado Cabo do Campo) até Puiu-Ibimirim.  Os quatro cavaleiros partiram numa manhã de sábado (10/05), seguiram por Baixa Grande, Exu, Areia Grossa, Santa Rosa, Lagoa do Puiu, Puiu e Fazenda Sacomã.
Parada de  apoio  na fazenda Sacomã para  tomar água


Residencia  do Sr, Armando -  seu Gibão de couro- veste do  vaqueiro para se embrenhar na caatinga atrás do gado.



Descrição do atrativo:
O núcleo do povoado do Puiú é marcado pela igreja de São Sebastião e por um casario térreo e geminado. A igreja teve sua fundação em 1812, mas passou por grande reforma em 1996. Hoje a sua fachada principal apresenta um contrataste entre uma superfície plana ladeada por duas torres com resquícios de influência do colonial. A frente do templo, além do cruzeiro, avista-se um nicho. Entretanto, os maiores atrativos do povoado estão ligados à natureza: lagoa do Puiú, serra e cavernas.


Dona Maria José, zeladora da  Igreja São Sebastião abriu a capela para os viajantes- Puiu - Ibimirim 


Lagoa do Puiu, parada para para descanso e apreciação  da natureza exuberante  do lugar.

Descrição do atrativo:
Com mais de um quilômetro de extensão e largura superior aos 400m, a lagoa tem algarobas em sua margem (árvore bastante presente na região). Complementam a sua vegetação, trechos de caatinga arbustiva, algumas fruteiras, palmáceas e cultivos de subsistência. Nos períodos de seca, apresenta-se com uma superfície plana de coloração avermelhada, nos períodos chuvosos, formam-se pequenas praias que a população utiliza para banho. É curioso o fenômeno de que em sua margem esquerda, suas águas apresentam-se com um teor de salinidade bastante alto formando, inclusive, pequenas pedras de sal. Enquanto em sua margem direita, a água encontra-se “doce”. Há ocorrência de pesca artesanal com capturas de tilápias. Próximo ao atrativo tem-se o povoado do Puiú.

Para o bancário Luís Carlos,  a aventura campestre é desafiante 


Encontro com o Senhor Cicinho - Cacique da Aldeia de Santa Rosa-Ibimirim

Zé Gomes e Lucinaldo   desbravadores nato da região comentam sobre a importância ecológica e histórica da região 




Uma prensa no meio da mata,   peça importante no fabrico da  farinha, o que restou para história- Aldeia Santa Rosa. 


Parada para o almoço no meio da Selva virgem e deserta - área pertencente a Aldeia Areia |Grossa - Ibimirim-PE.

Seu Armando em seu cavalo,  desbravando território Indigna e contando historia lendária da região. 

Montanhas que deslumbram a grandiosidade da Aldeia Macaco- Tupanatinga

Imagens rusticas acenam a força  mistica da natureza campestre que poucos  ainda não reconhece seus benefícios  

Os companheiros desta aventura param para registrar este momento e produzem imagens inesquecíveis deste território pertencente  aos nossos verdadeiros desbravadores - Os Índios .