segunda-feira, 30 de junho de 2008

Acredito na Educação Como Modo de Revolução

Por Edezilton Martins
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Ser idealista na sociedade de hoje é difícil, todavia possível. Ser idealista é absolutamente necessário e heróico.

Ouvi, nesta semana, de um jovem que ser idealista é está fadado ao suicídio.
Plínio Arruda concebe que não ser idealista remete à loucura.
Portanto o jovem e Plínio Arruda pensam diametralmente oposto.

Ao jovem respondi que sou idealista, otimista e feliz.

No documentário “A Vida e Trajetória de Glauber Rocha” Darci Ribeiro relatou ter Glauber chorado, numa manhã em seu ombro, os males do Brasil: falta de liberdade, ditadura militar, corrupção, força bruta, censura, desigualdades sociais, etc. Coisas pelas quais somente chora um idealista.

È preferível ser idealista e chorar a não ser idealista e não ter sentimento nenhum diante das barbaridades sociais; diante da falta de escrúpulo e compromisso da sociedade brasileira.
A ausência de ideal predispõe o homem a se inserir na corrupção.

A sociedade encontra-se apática.
A última manifestação de envergadura foi o “Fora Collor” e as “Diretas Já”, mas isto já tem tempo. Não há mais a música de protesto de Vandré, Chico, Gil e Caetano... Não há mais a música da legião Urbana (o rock de protesto dos anos 80). O PT se tornou decepção.

Todas as grandes transformações na economia, na sociedade ou na vida pessoal surgem após um estado de apatia. É como se o estado de apatia fosse o útero gerador de mudanças.
Pode-se ver que há nesta sociedade apática, embora em minoria, grandes heróis, grandes idealistas. Enquanto houver idealistas temos motivos para acreditar no Brasil.
Darci Ribeiro escreveu: “Estou velho e perdi todas as minhas lutas. Mas não queria está no lugar dos meus vencedores. O Brasil é o país do futuro. Os jovens irão continuar meu trabalho”.

Qual a forma de agir ideologicamente (fazer revolução) na sociedade atual?
- Já se acreditou em mudar o Brasil através da luta armada. Não deu certo.
- Já se falou em mudar o Brasil pelo voto. Também não deu certo.

A revolução que se fará na sociedade de hoje se dará pela educação. Todavia, é necessário ter muita paciência porque é um processo lento.
Paciência e otimismo como os tinham Darci Ribeiro e Teotônio Vilela; como somente os idealistas são capazes de tê-los.

Não se cria nenhum novo paradigma na sociedade que não tenha por base um novo estágio de consciência do seu povo. Por conseguinte, sem educação não há revolução (Não se faz revolução sem que o povo esteja preparado: a revolução tem sustentação no povo).
No caso em questão, um novo paradigma, a revolução pela educação propriamente, se estabelece no momento em que a sociedade democrática se apercebe dos seus direitos e os faz valer, seja pelo processo de associação ou pela via judicial. Ainda que não tenha votado corretamente.

Que me desculpe o jovem citado no início deste texto, mas eu concordo é com Plínio Arruda.

domingo, 15 de junho de 2008

EM TUPANATINGA PEQUENA INICIATIVA DA CAMUNIDADE DEU INíCIO AS FESTIVIDADES JUNINAS




A comunidade da Rua Tereza Simões deu iniciou as festividades juninas em Tupanatinga. A iniciativa foi de seu ilustre morador, AMARELINHO.
A rua ficou toda colorida de bandeirolas e repleta de crianças atraídas pelas brincadeiras(quebra panela, corrida do saco, pau de sebo ,etc).

Os transeuntes que subiam ou desciam a ladeira da Igreja São Benedito paravam e se encantavam com as brincadeiras: no quebra-panela o alvo era quebrar a panela cheia de chocolates e bombons; no pau-de-sebo o que despertava a curiosidade era ver a criançada ouriçada tentando alcançar uma cédula de dez reis numa altura de mais de 5 metros.

A animadora da festa, num som improvisado, orientava e controlava a garotada.

Os recursos e os prêmios para realização das brincadeiras foram conseguidos no comércio local, segundo o idealizar do evento.
Um simples gesto deste cidadão (Sr. Amarelinho) resgatou uma importante manifestação de alegria e cultura na comunidade que são as brincadeiras juninas, onde a criançada é o principal beneficiado. Parabéns!

sábado, 14 de junho de 2008

SAMUEL FREITAS: POETA , ESCRITOR E FILÓSOFO



SAMUEL FREITAS DO NASCIMENTO

Nascido em Tupanatinga – PE, no dia 12/12/1985, onde mora até hoje na avenida 31 de março S/N, estudou na escola José Emílio de Melo até a 6ª série, e no colégio Cardeal Arcoverde da 7ª ao 3º ano.
Participou de concursos de poesias do Colégio Cardeal patrocinado pela FIAT ficando entre os 80 finalistas, o único de Pernambuco.
O fato que mais influenciou sua vida e na sua personalidade foi a perca do seu pai, José Brás de Freitas, quando ainda criança.

Em 1994 ganha uma bolsa de estudos, em colégio particular na região, onde adquire os primeiros contatos literários e tem início uma grande paixão pela escrita.
Em pouco tempo torna-se, como poeta principiante da rede de ensino médio nacional, o único finalista pernambucano no concurso (Um poema Chamado Brasil).
Obtém grande destaque nas redações escolares as quais são publicadas pela própria escola nos jornais da localidade. Seu poema premiado fora publicado no jornal “comunidade” de circulação regional, sendo também homenageado como “talento da Terra”.

Um dos seus principais ideais é a realização de um livro onde possa mostrar sua potencialidade literária.
Sua mais recente conquista literária foi sua classificação no "concurso literário Graciliano Ramos" com a crônica reproduzida a seguir:



CRÔNICA 6º LUGAR NO PRÊMIO GRACILIANO RAMOS DE LITERATURA NORDESTINA


Que absurdo!


Incrível! Não consigo enxergar através das brumas do meu pensamento uma solução para essa existência absurda - principalmente quando deixo de lado meus óculos e me certifico de que ainda sou míope. Mais impressionante é a total falta de escrúpulos que tenho ao admitir que qualquer significado que tentasse dar a vida não passaria de uma apelação, e bem sórdida, em busca de uma auto-consolação.

Não sei! Talvez se fosse um pouco mais insipiente, tudo seria bem melhor; ou mais confortante. O que posso fazer, porém? Também acho que poderia, muito bem, assumir o absurdo em mim como prerrogativa inerente do cogito - convenhamos, essa concepção é assaz filosófica para o vulgo. Seria um absurdo viver como um absurdo. Sem caminho; sem diretriz; sem razão para justificar meus preconceitos; sem meios; sem fins; sem mandamentos que façam sucumbir o mais nobre de teus valores; sem amor - ah! Até tenho a petulância de sentir um ressentimento ao dizer isso assim, tão ríspido; sem moral; sem convicções... Mas, ademais, as conseqüências da minha completa falta de recursos imaginários para o percurso da vida são mínimas e irremediáveis, tanto que chega a ser absurda.Observes! As conseqüências as quais me referi já são tangíveis. Olhes meu escrito trêmulo; as frases soltas e abruptas, sem coesão; o desprovimento de nexo e de coerência por onde escorrega minha pena.

São sintomas da anomalia virulenta que toma cada ser em mim - e na minha ótica, esses seres me governam sem saber dessa enfermidade.Eu sou o absurdo, meu caro. Arrasto por aí a existência como o velho Sísifo a vagar com seu inexorável destino. Gostaria que fosse diferente, que a existência me arrastasse pelo mundo afora, mas meu instinto dominador sempre foi mais forte. Portanto, para fins didáticos, o que me tornei foi justamente o que nunca deixei de ser. Calma, serei mais claro (vai levar um esforço incomensurável) dessa vez: Eu, humano, reles humano, sou demasiado eu para mudar-me; ou seja, como causa priori de todo o aparente, estou fadado a mudar todas as coisas em si para todas as coisas em mim, quando bem entender. Tudo é, porque tudo sou. Há fragmentos de mim em tudo o que penso. Que loucura, dirás com piedade. Então que seja o tema principal dessa leitura, direi eu - afinal, deve ser loucura; já que nem sei o que, como ou por que peguei a escrever esse pergaminho (...) É uma pena expiatória ter a razão do seu lado quando esta se torna irrelevante para o superego do semelhante.Chega de fingir! Tu que tanto se regozija com as atitudes honrosas, jogando confetes e soltando ovações; que recitas Drummond; que bebes em botequins; que fornicas com agressividade; que choras dissimulando uma sincera empatia; que cospes na cruz para poder limpá-la melhor... Sim tu, impostor de mil faces. Pára dessa mania estúpida de fugir de mim. Eu sou tu. tu és eu. Somos nós os outros, e os outros, nós mesmos. Pode parecer estranho, o que na verdade é, mas é bem mais lógico assim - pelo menos acho.E nós que pensávamos nunca ler aquilo que nem chegamos a escrever.Hein! Desculpa-me, acho que excedi um pouco... por gentileza, mais um drinque...


Por Samuel do Nascimento Freitas

sábado, 7 de junho de 2008

MOVIMENTO PRO-CULTURA E JUVENTUDE DE TUPANATINGA CRIA ASSOCIAÇÃO CULTURAL


Reunião cria a ASSOCIAÇÃO DE CULTURA E JUVENTUDE DE TUPANATINGA. Foi (neste domingo, primeiro de junho de 2008, às 14 horas) no auditório da escola municipal Manoel Borba, com a presença de jovens, educadores, comerciantes e comunidades culturais: samba de coco, grupo de capoeiras, músicos e demais membros da sociedade sensível a causa cultural da nossa Cidade.

Durante o encontro foram debatidos o empobrecimento cultural e a falta de lazer para juventude (esportes e atividades culturais: cinema, teatro, dança, etc.), enquanto que o consumo do alcoolismo e das drogas aumentam cada vez mais, principalmente nos jovens. Estes, cada vez mais, ausentes das salas de aulas e distantes de uma boa colocação em um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

Foi revisto um pouco da historia cultural da nossa comunidade, já que segundo os educadores e pensadores da cultura, toda sociedade, desde as mais simples até as mais complexas, possuem a sua cultura. Tupanatinga, apresenta variedades culturais significantes. Nas danças: coco, reisado, capoeiras, forro, xaxado. Na poesia: repentista, cordel e letristas. Na música: aboios e toadas, lavadeiras e rezadeiras, cantores e cantoras. Ademais tem pintores, escritores, artesãos, etc.
Lembre-se que o samba de coco foi um dos primeiros movimentos culturais da nossa Cidade.
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Um dos objetivos da associação, é contribuir para o assessoramento e apoio aos movimentos culturais locais, resgatando e promovendo a inclusão cultural dos valores que vivem no anonimato. Também despertar, se possível, as autoridades políticas e empresarias para a importância de investimentos e incentivo na cultura popular da nossa comunidade. Contribuindo assim para a harmonia e paz da cidade, e atraindo sempre mais os turistas e visitantes para os nossos eventos que já são tradicionais na região.
A Cultura é de suma importância para educação dos nossos jovens, e de toda a sociedade, já que a cultura contribui para o aumento do apetite da leitura, artes e literatura, proporcionado ambientes educacionais, diminuindo a violência: menos álcool e drogas; mais artes, mais vida; mais consciência e conscientização.


Concluídos os debates, foram eleitos, por aclamação, os cargos da Diretoria Executiva da associação: Presidente, vice-presidente, tesoureiros, secretários, e conselho fiscal.

A promoção de eventos culturais na cidade é vital para o fortalecimento e conscientização da sociedade. O que a tornará, inexoravelmente, mais atuante.