quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NOTICIAS DOS ULTIMOS DIAS PRESENDENCIAIS DO PRESIDENTE LULA

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Foto: Reprodução

A Era Lula: da desconfiança dos mercados à consagração


Eleito sob a desconfiança dos mercados e o risco de levar a economia brasileira ao colapso, Lula conquistou, ao longo dos oito anos à frente do Palácio do Planalto, o respeito da opinião pública internacional. Disposto a envolver-se nas principais questões globais, o presidente consolidou a imagem do Brasil como agente importante na diplomacia.

Com a política de manter um bom relacionamento com o maior número possível de nações, Lula contornou o medo dos investidores e ganhou a admiração dos líderes das grandes potências. Entre eles está o presidente americano, Barack Obama, que disse que o colega brasileiro é "o cara". do Terra

PRESIDENTE SE DESPEDE EM RECIFE




Marco Zero: para ministro, Lula é o maior presidente da história

Primeiro orador no evento com Lula no Marco Zero, o ministro da Cultura, Juca Ferreira aproveita para derramar elogias a Lula, para ele, o melhor presidente que o Brasíl já viu.
Por Daniel Guedes, do Blog de Jamildo

Não faltou emoção no ato de despedida do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco. No Marco Zero do Recife, Lula chorou, agradeceu a parceria do governador Eduardo Campos (PSB) e avisou que não pretende desaparecer depois que deixar a Presidência.

"Deixo apenas a Presidência. Mas não pensem qeu vocês vão se livrar de mim. Estarei pelas ruas deste País, ajudando a resolver os problemas deste Brasil", discursou para delírio das milhares de pessoas que aguardaram pacientemente o evento com o presidente, iniciado com duas horas de atraso.

Mostrando a dificuldade que terá para se tornar ex-presidente, Lula brincou com a faixa da Ordem do Mérito dos Guararapes, maior comenda de Pernambuco, entregue por Eduardo Campos. "Vocês percebem que eu estou de faixa. Como eu vou entregar a minha faixa de presidente da República no próximo sábado, eu vou aproveitar e dormir com esta aqui para não esquecer", afirmou.

Lula fez um apanhado de todas as obras que executou no Nordeste, citando a Transposição do Rio São Francisco, a Ferrovia Transnordestina, a Refinaria Abreu e Lima e a reforma de parte da BR-101. Chegou a dizer, inclusive, que a rodovia está em melhor condições que estradas europeias. "Temos a BR-101 que tá asfaltada. Nem Angela Merkel (primeira ministra da Alemanha) anda numa estrada tão bem tratada".

O presidente fez uma série de agradecimentos ao povo que votou nele. Disse entender, inclusive, porque a população não o apoiou nas eleições de 1989, quando perdeu.

Mas os principais agradecimentos foram destinados ao governador Eduardo Campos. "Queria agradecer pela lealdade, pelo companheirismo e pela parceria (de Eduardo Campos)", disse. Lula agradeceu inclusive a eleição e a reeleição do governador. "A gente não acha diamante em qualquer lugar. Não acha gente boa em qualquer lugar. Não acha companheiro em qualquer lugar".

Em seu discurso, Lula lembrou o avô de Eduardo, o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar. Disse que o político "não era santo" e afirmou sentir não tê-lo por aqui. Arraes morreu em 2005, aos 88 anos.

Lula disse que, depois de eleito, temeu não ter condições de governar o País. "Perguntava à (primeira-dama) Marisa (no Planalto): será que é verdade que a gente está aqui? Descobri que tinha que provar a mim mesmo que eu tinha competência e que não poderia falhar", disse.

Bem humorado, o presidente falou em Deus e, brincando, disse que pode se tornar pastor quando deixar a Presidência, no próximo sábado (1º de janeiro de 2011). "Sou agradecido a Deus, em primeiro lugar. Se não fosse o dedo de Deus, não era normal que um retirante de Caetés (cidade natal do presidente, no Agreste de Pernambuco) que fugiu para não morrer de fome, se tornasse presidente do Brasil. Quem não acredita em Deus, pode acreditar que ele existe. Ele existe e toma conta de nós. Você não acha que eu poderia ser pastor, quando largar a Presiência?".

sábado, 25 de dezembro de 2010

PAPAI NOEL VISITA CRIANÇAS CARENTES DE TUPANATINGA



MORADORES DO BAIRRO DE CAMILA, LOCAL QUE RESIDE PARTE DA POPULAÇÃO CARENTE DO MUNICÍPIO DE TUPANATINGA, RECEBE A VISITA SURPRESA DE PAPAI NOEL.


Foi neste dia 25, dia de Natal, que a Maçonaria Acácia do Agreste, junto com os Jovens Demoley promoveram uma ação de solidariedade que mesmo simbolica representou um grande gesto que pelo menos despertou naquelas crianças o carinho e o sentimento de pertencimento.
Cerca de cem crianças alegres e ouriçadas, corriam ao encontro do bom velhinho Papai Noel na esperança de também ser digna de ser lembrada e receber também seu presente de natal.

Os Presentes foram poucos e singelos, mas a necessidade das gurizadas e a boa intenção dos Nossos Jovens marcaram muito este dia, foi o que comentou um dos jovens participantes.
Para o Bom Velhinho - o Papai Noel, Elias Pereira, disse nunca ter visto tanta ansiedade nos olhos de tanta criança. Segundo Ele, não vai esperar o próximo Natal para repetir tal ação. Devemos sempre que possível priorizar ações sociais que beneficiem o Máximo estas crianças, comentou ele.


Ações de solidariedade são gestos simples que faz bem a quem os fazem e definitivamente útil para quem as recebe. Infelizmente uma parte significante da sociedade é insensível e ignorante a este tema.
Embora falamos muito em meio ambiente, qualidade de vida, religião, educação, cultura, mas tão pouco sabemos que nada disso tem eficácia se não atentarmos para uma verdadeira inclusão social.

Parabéns então aos nossos Jovens Tupanatinguenses pela grande ação do dia.

NATAL – MESMO QUE PEQUENAS SEJAM AS AÇOES DE SOLIDARIEADE, SÃO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA QUEM DELAS NECESSITAM.






















EQUIPE ORGANIZADORA( FOTO ACIMA)





sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O NATAL



Na Semana Multicultural, realiazada pela Secretaria Municipal de Tupanatinga, em novembro deste ano, foram apresentadas varias exposiçoes culturais. A Escola Eva Cordeiro, apresentou um tema muito oportuno, tendo em vista aproximidade da época: as festividades Natalina. A grande atração sem dúvida ficou pela exuberante e gigante Arvorede Natal. E em tempo de Natal, vamos enriquecer nossos conhecimentos natalino a começar pela “Arvore de Natal”.

Um dos principais símbolos do natal, a árvore natalina tem sua origem em tempos mais antigos que o próprio natal. Cerca de dois mil anos antes do nascimento de Cristo, muitas civilizações já cultivavam árvores com um sentido religioso. Egípcios, gregos e até os antigos germânicos são alguns exemplos de povos que mantinham este costume.

Uma curiosidade é que a população báltica levava pinheiros às suas moradias durante o solstício de inverno e os enfeitava. Pensa-se que este costume tenha passado aos germânicos, de onde os cristãos o copiaram.

Apesar de haver controvérsias nos detalhes da origem da árvore de natal, segundo o site Brasil Escola, algumas tribos pagãs da atual Alemanha "consideravam os carvalhos árvores santas, realizando debaixo dessas árvores, sacrifícios humanos oferecidos ao deus Odin". Por isto, por volta do ano 720, São Bonifácio, ao tentar acabar com esse costume pagão, cortou um carvalho que derrubou todas as árvores ao redor, com exceção de um pequeno pinheiro. Este fato foi "considerado um milagre, pois o pinheiro simbolizaria o menino Jesus", diz Brasil Escola.

Nesta simbologia, enfeitar o pinheiro significava atrair novamente os espíritos das árvores. Os cristãos, ao utilizarem-se da mesma ideia séculos depois, deram um significado diferente a ela: os enfeites representariam a alegria, o amor, a bondade e tantos outros bons sentimentos.



terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BANDA DE PÍFANO CULTURAL DE SERRA DOS DÉ



Assim como o Samba de Coco de Tupanatinga, a Banda de Pífano de Serra dos Dé, atravessa gerações e faz parte de uma cultura raiz de uma família que a adotou a arte do pífano desde os primórdios dos anos vinte até hoje. Foram quase três gerações.

Segundo Baia, principal líder da Banda, a primeira formação da banda, foi pelo seu avô, Manoel Constantino dos santos. Mané Catonho (Tocava Caixa de percussão), Zé Trocarto tocava o Pífano, Jerônimo no Pífano, Manoel Araujo pífano, Felix Cavalcante- Caixa, Severino – Zabumba. João gracindo-Pifano, Expedito Ciríaco - Prato, Elias Ciríaco – Surdo.

A Banda começou tocando, hino na Igreja. Depois Novenas e Boqueirão e região. As musicas da época eram o repertorio da Banda, principalmente o Baião e triste partida, mas tocava outros ritmos como a alvorada, matina, retirada, tango, marchas, valsas bendito e musica de reizado, cantiga de cangaço (muié rendeira)

A Família dos Dé adotaram a cultura do pífano e graças a ela, essa arte é uma cultura viva no Sítio Serra dos Dé.

Zona rural da cidade de Tupanatinga, . Serra do Dé, por ser a região nativa da família onde, cerca de 60 a 70 por cento dos moradores são da família dos Dé: Manoel Dé de Araujo, Domingos Dé de Araujo.
Jose de Ar
aujo, João de Araujo, (AVÓ)
Pedro Bezerra de Araujo (PAI)
Manoel Constantino e Jose Trocado (Criadores da Banda)
José Trocado que apareceu com um pífano.

Uma região chuvosa, a mais de 15 km da cidade.

A Banda de Pífano Cultural da Serra dos Dé, nome dado pelos próprios integrantes, Resiste ao tempo e ao descaso para com a cultura popular. Mesmo sem nenhum incentivo, eles mesmo fabricam seus instrumentos, fazem oficinas para ensinar as crianças da localidades, e os aos novos integrantes,tudo isto para que a arte do pífano continua viva pelo menos se depender da família dos Dé, com certeza ela ainda irá longe, é o que assegura com entusiasmo todos componentes da Banda.












segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ESCOLA JOSE EMILIO DE MELO REALIZA GRANDE FESTA DE FORMATURA



A Escola Estadual José Emílio de Melo, promoveu neste mês de Dezembro uma belíssima festa de formatura a qual estavam presentes autorirades políticas, como o Prefeito Manoel Tomé, o vice-prefeito Genecy Minervino, Presidente da Câmara Joaquim Pereira de Almeida. Também estiveram presente os secretários de Saúde Sr. Ivanio Guimarães e a Secretária de Educação do Município Srª Sebastiana Guimarães e Srª Gorette Galvão, Diretora de Ensino e seu esposo Luiz António da Silva.

A festa estava requintada de simplicidade e com um toque de sofisticação. Harmonia e leveza poderão sim ser um diferencial de grandeza e de satisfação.




Parabéns aos Organizadores do evento, ao Diretor da Escola Sr. Luiz Carlos Cavalcante pela sabedoria de como conduzir os trabalhos daquela Escola, com firmeza e humildade, daí o resultado de um grande trabalho. Neste contexto lembramo-nos da velha máxima: “Por traz de um grande Líder sempre haverá uma GRANDE EQUIPE".

Com certeza, professores, secretários e demais profissionais estão de parabéns por prestarem um grande serviço e uma bela noite de realização.












































































sábado, 18 de dezembro de 2010

POPULAÇÃO DE TUPANATINGA ESTÁ MAIOR EM 17,50%



O município de Tupanatinga aumentou sua população para 24.254 habitantes.

Estes são os dados definitivos do Censo 2010 divulgado pelo IBGE.

No comparativo com o último Censo (2000) o crescimento populacional registrado foi de 17,50%, passando de 20801 habitantes para 24.250.

Graça ao trabalho da Equipe atual, formada por Jonas Barbosa dos Santos – ACM, Sebastião CavalcantiACS, Paulo Roberto – ACS. Lívia FeitosaACS, os resultados corresponderam à expectativa da população. No ultimo censo, segundo o ACS, Sebastião Cavalcante, além de ter sido inferior ao esperado, o município perdeu área em quase toda área limite. Problema de falhas de equipamentos muitos dados ficaram sem informação.

“Com base nesses dados novas melhorias virão para o município, novas políticas sociais poderão ser adotadas. A saúde, a educação, o meio ambiente, o lazer, o trabalho... tudo vai melhorar! Tudo isso, porque o governo agora nos conhece e sabe do que estamos precisando. E tudo isso graças a tantas pessoas que abriram suas portas para que os nossos recenseadores e nós mesmos pudéssemos entrar!”, comentou Sebastião CavalcanteACS.














































quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

POLÍTICA EM FOCO







O MAIS VOTADO



O deputado estadual Isaltino Nascimento (PT), ainda comemora a grande vitória obtida este ano nas urnas de Tupanatinga. O parlamentar foi eleito com mais de 4 mil votos.
Resultado de uma boa parceria com o prefeito Manoel Tomé e de um mandato comprometido com este município.

DIPLOMADOS
Falando em Isaltino, ele e os demais políticos eleitos este ano no Estado, entre eles o governador Eduardo Campos, os senadores Humberto Costa e Armando Monteiro, além dos deputado federais e estaduais, foram diplomados na última sexta-feira (17) pelo TRE em cerimônia ocorrida no Centro de Convenções do Estado.

Alepe pronta para o natal
A Assembléia Legislativa do Pernambuco inaugurou na última semana a sua decoração natalina, deixando ainda mais iluminada a capital pernambucana, que este ano esta dando um show de criatividade e bom gosto na decoração de fim ano.

Fábrica da FIAT
A Fiat confirmou no ultimo dia 14 a instalação de sua nova fábrica em Suape. O investimento será de R$ 3 bilhões e o empreendimento vai gerar mais de 3.500 empregos diretos. As obras da fábrica devem ser iniciadas em abril de 2011 e os primeiros carros produzidos por ela já devem sair em 2014.

Tempos de posse
O governador Eduardo Campos toma posse no dia 1º de janeiro pela manhã e logo depois segue direto para o aeroporto onde embarca para Brasília a fim de acompanhar a cerimônia de posse da presidente eleita Dilma Rousseff.

João de Volta
O prefeito do Recife, João da Costa, retornou a cidade após 55 dias em São Paulo se recuperando de um transplante de rim. Entretanto o prefeito ainda está licenciado e só retoma os trabalhos na prefeitura em janeiro. Até lá, o seu vice Milton Coelho segue no comando da capital.

Até outro dia
Foi assim que o presidente Lula terminou o seu discurso em visita ao sertão do Estado no último dia 14. Esta foi a última visita de Lula ao sertão pernambucano como presidente da república, mas ainda não é sua última passada pelo estado. No dia 28 deste mês ele vai a Caetés( sua terra natal) e também visita o Recife. (Coluna assinada por Emanuel)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

LULA DE VOLTA A PERNAMBUCO

Em despedida no sertão, Lula acena para voltar em 2014

"ESTAVAM CERTOS OS NORDESTINOS POR OPTAREM POR DILMA"

Não poderia deixar de registrar este momento. Pernambuco e o Nordeste não serão mais os mesmos depois da transnordestina e da transposição do Rio São Francisco. A implantação da montadora FIAT em nosso estado, já é bonança do que muito virá por aí. (Edmilson-blog conexão cultural)


Na sua última visita ao sertão pernambucano como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva deu sinais de que já está em plena campanha para voltar ao poder em 2014. Na vila rural de Uri, num palanque armado, onde foi recebido ao som de uma sanfona de oito baixos, o presidente entregou, um a um, 113 títulos de casas rurais a agricultores que tiveram suas terras invadidas pelas obras da transposição.

Além de recorrer a um discurso de político que nunca sai do palanque, Lula fez questão de entregar e abraçar os 113 contemplados. Ao lado deles, fez gracinhas que agradou o povão presente e que reagia gritando “Lula, Lula, guerreiro do povo brasileiro”. O presidente segurou crianças nos braços, colocou um pote na cabeça, usou chapéu de vaqueiro e ainda se exibiu ao lado de um rurícola que também só tinha quatro dedos numa das mãos, como ele.


No palco, a cada depoimento deixava transparecer emoção. O “seu” Agenor, de 74 anos, que ganhou o título de uma casa e é beneficiário do programa Bolsa-Família, levou o presidente às lágrimas quando disse que ele (Lula) na campanha havia prometido que o brasileiro podre iria ter as três refeições.


Hoje, presidente, eu sou igual a pinto de granja: como a toda hora”, disse o agricultor. Lula expressou toda a sua emoção num longo discurso em que fez as suas despedidas do povo sertanejo, mas prometendo voltar em 2012, para inaugurar as duas grandes obras do seu governo – transposição do São Francisco e ferrovia Transnordestina.

Ao lado do governador Eduardo Campos e do ministro da Integração, João Santana, Lula disse que a transposição é um projeto do Império que se orgulhava de tirar do papel agora 150 anos após a promessa de Dom Pedro. Aproveitou a ocasião para atacar os adversários do Nordeste quando lembrou que estava fazendo mais uma refinaria na região – a do Ceará – para deixar “os coronéis mais irritados ainda”.


Montadora Fiat abre novo ciclo de desenvolvimento no NE

O governador Eduardo Campos fez um gol de placa, hoje, em Salgueiro, a 500 km do Recife, onde assinou o protocolo de intenção para construção de uma fábrica de automóveis da Fiat. A solenidade marcou o início de um polo automotivo no Nordeste, com investimentos da ordem de R$ 3 bilhões e que levarão a uma profunda mudança na economia nordestina, especialmente em Pernambuco.



A solenidade ocorreu numa tenda improvisada, instalada próximo ao aeroporto de Salgueiro. A fábrica constituirá o centro do pólo industrial que se formará no complexo de Suape, com moderna arquitetura, empreendimento que envolverá ganhos logísticos e eficiência, além de grande competitividade para o mercado automobilístico do Nordeste



A unidade foi projetada para produzir 200 mil carros anuais, gerando, inicialmente, 3.500 empregos diretos, e posteriormente, vinte mil empregos. O presidente da Fiat para América Latina, disse, no seu discurso, que a empresa reafirmou sua confiança no Brasil ao realizar esse empreendimento em Pernambuco, envolvendo seu maior nicho de investimentos dos últimos anos, algo em torno de R$ 10 bilhões. ‘’A Fiat tem uma história de pioneirismo e sucesso em Minas Gerais, e agora na região e mercado nordestinos’’, disse o empresário Cledorvino Belini. (Fotos Magno Martins)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Repensando o modelo de vida que temos e os valores que cultivamos


Repensando o modelo de vida que temos e os valores que cultivamos


Nilson Antonio Ferreira Roseira
nroseira@yahoo.com.br


Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Ultimamente, como colegas docentes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o prof. Dilson Cavalcanti e eu temos realizados várias reuniões, discussões e reflexões. Dentre os vários temas que já nos inquietaram, destacamos as relações entre Ciência, Tecnologia, Educação e Sociedade. Nossa reflexão sobre esse tema iniciou-se com a publicação de dois textos de autoria do colega Dilson Cavalcanti no jornal Conexão Cultural. A seu pedido, realizei a leitura dos textos e, desde então, passamos a discutir esse tema de maneira mais aprofundada.

Como conseqüência dessas discussões, elaboramos em parceria, um trabalho teórico o qual transformamo-lo em um artigo cujo título foi “O papel da educação frente aos avanços em ciência e tecnologia: alguns encaminhamentos teóricos”. Esse artigo foi submetido ao comitê científico das VIII Jornadas Latino Americana de Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia, tendo sido aprovado e, posteriormente, discutido a nível internacional durante esse evento, que foi realizado em julho de 2010, em Buenos Aires, Argentina.

Entre outras coisas, discutimos a “Educação em Valores” como uma das perspectivas teóricas para fundamentar o papel da Educação frente os avanços em Ciência e Tecnologia. É importante ressaltar a importância dos valores e suas manifestações nos processos educativos e na vida das pessoas. Nessa ocasião, quero aproveitar para expressar um pouco mais das minhas preocupações sobre este tema.

As pessoas não mais se surpreendem com a afirmação dos cientistas sociais de que vivemos um tempo de profundas transformações, pois, na verdade, não é preciso dominar os conhecimentos científicos para perceber como atualmente tudo tem se transformado com tamanha rapidez, diferentemente do que ocorria há certo tempo atrás.

Se demorarmos de retornar a um determinado lugar, certamente nos surpreenderemos com as mudanças que vamos encontrar sejam elas nos ambientes, nos móveis, na pintura das paredes, na forma de organização do espaço, etc. Se a nossa observação se concentrar em determinados produtos comerciais aí sim é certo que em pouco tempo notaremos a incorporação de mudanças visíveis. Por falar em produtos, já observou como os automóveis, os computadores e os celulares – apenas para citar alguns – mudam rapidamente de formato, linha de cores, modelos, recursos, etc.? Por que isso? Qual o objetivo dessa lógica? Você já pensou nisso?

A resposta a estas perguntas pode ser encontrada se refletirmos sobre o que nos acomete quando nos deparamos com um produto que se apresenta mais atualizado em relação àquele que já possuímos. Inevitavelmente, recai sobre nós o sentimento de que estamos atrasados, superados, um pouco mais velhos e para sair dessa situação incômoda e indesejável – muito embora o envelhecimento e a superação das coisas e processos seja algo natural – o “remédio” é comprar o modelo mais novo do nosso bem.
Mas as implicações dessa lógica não ficam apenas na dimensão financeira. A rapidez desse processo de desvalorização, já migrou para as relações entre as pessoas, de modo que a busca pelo corpo perfeito e pela boa aparência, a valorização das coisas fúteis e efêmeras e, como conseqüência, o culto pela juventude e a negação da maturidade e da velhice, tem se manifestado de forma evidente na sociedade em geral, ancorados no insistente reforço das mídias que não cansam de vender os padrões ideais de beleza e de sucesso como produtos que devem ser buscados por todos.

Por este mesmo processo de transformação passam os valores que dão suporte às atitudes e comportamentos das pessoas. Não é difícil identificar situações cotidianas que são, cada vez mais, sustentadas por interesses econômicos e de poder, tais como relações amorosas, a busca pelo título escolar e/ou acadêmico sem qualquer preocupação com o domínio de um conhecimento correspondente, a falta de ética nas relações interpessoais, o desrespeito pela dignidade das pessoas, a compra e a venda de votos, entre outras.

O enfrentamento de tais situações requer ações educativas efetivas e de caráter permanente na perspectiva da formação integral das pessoas, quer seja no âmbito da família, da escola ou de quaisquer outras instituições que possam desempenhar este papel, desde que estejam fundamentadas nos direitos humanos e na dignidade das pessoas. Isto significa reafirmar valores tradicionais que devem permanecer nas pautas educativas, mas também não deixar de estar atentos à consideração de novos valores, atitudes e comportamentos que de alguma forma possam vir a contribuir com a construção de uma sociedade mais humana.

Olhando a escola às avessas


Normalmente, a escola é entendida como uma instituição inserida na sociedade, responsável pela educação e, conseqüentemente, co-responsável pela formação do cidadão. A importância dessa instituição é algo cristalizado e quase nunca questionamos sua existência e sua finalidade. Falar sobre a importância da escola seria clichê. Opto, nesse momento, por lançar um “olhar às avessas” sobre essa instituição e seu funcionamento. Antes de iniciar, acho pertinente esclarecer alguns fatos. O que vou discutir, a seguir, não expressa em absoluto minha opinião, devendo ser entendido, portanto, apenas como um exercício reflexivo e dialógico de idéias sem censuras nem dogmas sobre um objeto, no caso, a escola. Digo olhar às avessas na intenção de tentar contrapor pensamentos à visão comum que temos dessa importante instituição.

Escola, o que é isto?

O termo “escola” provém do grego “scholé” que, em sentido primitivo, remete à idéia de “lugar do ócio”. Seja entendido aqui o ócio não como desocupação associada à preguiça, mas sim como tempo livre destinado à reflexão, tal como era entendido na Grécia antiga. Em síntese, scholé se referia ao lugar de contemplação de idéias e do exercício do pensar. E hoje em dia, qual o status quo da escola? Primeiramente, é uma instituição. Por ser assim, é uma organização que, obviamente, por meio de normas, regras e estatutos, estabelece controle. Controla o tempo, os indivíduos e o que e como certos indivíduos devem aprender. Continua sendo um lugar de encontro de pessoas, mas não de tempo livre para contemplação de idéias e destinado à reflexão.
Imposição de doutrinas, idéias, condicionamento e, conseqüentemente, aceitação e adaptação são causas e efeitos dos processos desenvolvidos intramuros da escola. O conhecimento não é algo exclusivo do contexto escolar. Nas atividades cotidianas, mobilizamos uma rede de conhecimentos interconectados de natureza dinâmica e complexa. Ao cruzarmos uma rua, mesmo que não tenhamos consciência, uma série de conhecimentos é mobilizada. Caso venha algum veículo, por exemplo, realizamos inferências sobre a distância a ser percorrida para cruzar a rua, a distância e a velocidade do carro. Logo, estimamos o tempo e a velocidade necessária para atravessarmos. Por fim, avaliamos se é possível, ou não, cruzá-la com segurança. Tudo isso acontece instantaneamente e quase que automaticamente.

Considere também, quando um pescador sai para o mar com uma jangada a velas, nem sempre é possível ter em mãos informações meteorológicas. Mesmo assim, observando a direção e intensidade do vento, as nuvens e outras características do cenário, ele consegue avaliar a possibilidade de segurança para lançar-se ao mar. O que permite essa avaliação? A resposta é simples, conhecimentos adquiridos na experiência. Ao lançar-se ao mar, há toda uma problemática que envolve localização, direção, manuseio e deslocamento da vela. Novamente, tudo isso é possível por meio de conhecimentos de naturezas diversas, diga-se de passagem, que são colocados em ação ao mesmo tempo pelo pescador, de maneira natural.

Na escola, os conhecimentos são organizados em pacotes disciplinares resguardando uma relação de ordem estática e linear. Quando falo em ordem estática e linear refiro-me ao fato de ser comum o estudo de um conteúdo por vez, seguindo certa ordem de pré-requisitos. Na tradição da escola, é possível encontrar situações nas quais os alunos são considerados como baldes vazios, tabulas rasas, folhas em branco, caracterizando o conhecimento deles como senso comum e, portanto, impreciso, ingênuo e sem importância no contexto escolar. Dessa maneira, podemos dizer que há um jogo no qual os conhecimentos dos alunos são descartados e estes são submetidos aos conhecimentos escolares que, por sua vez, recebem o status de científicos e são reconhecidos como verdades que devem ser professadas e não questionadas.

Embora o estudante seja, de alguma maneira, um dos principais elementos da escola, paradoxalmente, é-lhe negado a oportunidade de escolher o que deseja aprender, como e quando. Assim, resta-lhe aceitar o que “outros” decidiram ser importante de ser estudado; aceitar a maneira de estudar que lhe é imposta sem ao menos poder opinar a respeito; aceitar os tempos estipulados por “outros” para sua aprendizagem, que é algo particular e subjetivo (cada um tem seu tempo); aceitar que “outros” validem o conhecimento construído por eles, implicando, inevitavelmente, na premissa de que os próprios estudantes não são capazes de elaborar meios para validar aquilo que constroem como conhecimento.

E quanto à sala de aula? Ah, essa é sem dúvida um santuário bem exótico. O conhecimento é algo divino, conhecido apenas pelo sacerdote que se costuma chamar de professor. Esse, por sua vez, tem a missão de professar esse conhecimento aos que ainda não o tem. A crença é que esse conhecimento tem o poder de libertar os alunos das trevas da ignorância. Como estamos falando de crença, não é bom que haja dúvida sobre o poder e a importância do conhecimento professado. Os fiéis devem ser obedientes e prestando muita atenção às verdades professadas pelo sacerdote professor. Os fiéis não devem nem questionar se por uma acaso, nesse santuário, forem propostos problemas do tipo “Dona Rosinha comprou 5 milésimos de tonelada de manteiga a R$ 0,60 cada hectograma. Quanto gastou?”. É importante ressaltar que problemas desse tipo são absurdos, uma vez que, na vida real, apenas um paranóico iria comprar manteiga dessa maneira.

Por que os estudantes nesse santuário, a sala de aula, devem estudar problemas que só tem sentido na cabeça de um paranóico? Por que os estudantes têm que estudar temas que não despertam interesse, apresentam pouca ou nenhuma utilidade para suas vidas e depois da avaliação são esquecidos, ao invés de estudarem temas de seus interesses e que poderiam ser úteis para suas vidas? Por que a autonomia e a criatividade natural dos estudantes não são levadas em consideração, uma vez que para ser estudante, em algumas escolas, basta se limitar a observar e repetir os procedimentos e demonstrações realizadas pelo professor? Por que as carteiras enfileiradas? Por que os muros fazem parte das escolas? Para os alunos não fugirem? O que aconteceria se as escolas não tivessem muros? O que prenderia os alunos na escola? Poderia ser o interesse deles? Como despertar esse interesse de tal forma que não seja necessário a escola parecer uma prisão e a sala de aula uma cela? Por quê, por quê, (...) e por que tantos porquês?

A intenção desse texto é apenas provocar a reflexão. Obviamente, há excessos, mas também ausências; há erros e, talvez, um pouco de acerto; há um pouco de certeza, e muito de incerteza; há, decerto, um pouco de pessimismo, mas também muita esperança no coração e no pensamento de quem escreveu esse texto. Há, portanto, contrários. Contrários sim, pois quando olhamos às avessas já não podemos evitá-los. Acreditar e agir, é a condição sine qua non para construirmos uma escola melhor, que tenha normas, mas que também reconheça a natureza, as particularidades e os interesses de quem dela necessita para constituir-se melhor cidadão.

Concluo, provisoriamente, como iniciei. O que discuti não expressa em absoluto minha opinião, devendo ser entendido, portanto, apenas como um exercício reflexivo e dialógico de idéias sem censuras nem dogmas sobre um objeto, no caso, a escola.

Profº. Dilson Cavalcanti
dilsoncavalcanti@gmail.com
Tupanatinguense