domingo, 28 de março de 2010

Memórias: olhar para ontem pensando no amanhã.

Prof. José Luiz Cavalcante

Há 06 (seis) anos atrás os alunos do 5º ano do ensino fundamental (antiga 4ª série) de uma escola da rede municipal de nossa cidade, Escola Clarindo de Albuquerque Cavalcante, sob inspiração da diretora da escola e sob orientação minha decidiram realizar uma investigação sobre a história do povoado Mata verde. Logo no início, o que parecia um simples projeto escolar, tomou corpo e foi tornando-se um trabalho de grandes proporções para aqueles pequenos escritores.
A aventura de conhecer seu passado e suas origens promoveu em toda comunidade escolar diversas aprendizagens. O conteúdo escolar foi se tornando objeto de reflexões coletivas agregando no currículo escolar discussões sobre atuação da administração pública, distribuição de renda, condições de vida das pessoas entre outros temas.
Recordo-me bem, numa aula quando discutiamos a “descoberta” para os alunos da antiga feira que ali havia e por essa demanda a construção do açougue público, hoje em ruínas, perguntei aos alunos quais as causas para que o açougue, um prédio público, ficasse naquele estado, a primeira resposta de um aluno foi ingênuamente “as causas naturais, como as chuvas”, o resto da sala acatou o argumento, a partir disso provoquei os alunos com analogias sobre seus pais no cuidado e zelo de suas casas, depois de algum tempo o mesmo aluno interrompeu e disse “professor agora entendi: o poder público precisava cuidar do açougue” outra aluna completou “é, mas também nós da comunidade deveriamos fazer nossa parte”. As falas desses alunos ecoaram por muitos dias naquela comunidade e acompanham minha prática docente desde então.
O trecho do episódio citado acima, está registrado através do livro (não publicado, cópias foram doadas as bibliotecas da nossa cidade) escrito por mim e pelos alunos daquela 4ª série. Nosso trabalho revelou mais de duzentos anos de história daquela comunidade. Repito essa aventura de investigação legou-nos inúmeras aprendizagens.
Resolvi contar essa “história” para começar essa conversa com o leitor, meus conterrâneos, amigos e amigas, companheiros de ofício e de luta, para ilustrar o poder da história de um povo. Conhecer nossa própria história é tomar consciência do nosso papel na construção e desenvolvimento da nossa comunidade.
Cada um de nós homens e mulheres, seres históricos e sociais, somos responsáveis pela continuidade de nossas tradições, pela valorização de nossa cultura e pela preservação de nossa história. Porém, sem tornarmos um referencial como ponto de partida, não poderemos compreender os avanços alcançados.
Nossa história, nossas memórias, podem e devem ser ponto de partida, para que nos situemos no espaço e tempo, para que possamos constituir e fortalecer a identidade de nosso povo.
Uma das grandes inquietações que tenho, quando me encontro saudoso longe das ladeiras de minha terra é a ausência de um mecanismo sistematizado de preservação da nossa história, não só da história atual, que estamos tecendo, mas principalmente da história da gênese de nosso povo, dos desbravadores que aqui construiram seus lares e fizeram desse torrão sua morada, seu lugar.
É preciso com urgência nos lembrarmos do nosso passado, registrarmos nossas memórias, para não nos esquecermos de quem somos. Urge essa necessidade já que muito do nosso registro histórico está na memória dos próprios protagonistas.
Iniciativas simples podem ser tomadas como a compra de uma casa para instalação de um museu, financiamento de pesquisa historiografica para um registro sistemático de nossa história, parceria com escolas e instiuições interessadas em nosso município, tornando esse trabalho de resgate uma ambição de nosso povo.
Recordo-me que logo após o trabalho feito na Mata verde surgiu motivação para que a pesquisa fosse estendida para todo o município, infelizmente a idéia não vingou, especialmente por que não tinhamos nos dado conta que essa tarefa carece de sistematização, recursos especificamente destinados e principalmente de parcerias. É tarefa e necessidade não só de um governo, mas de toda comunidade.
É com justiça que reconheço e parabenizo algumas iniciativas de guerreiros incassáveis na preservação de nossa história, de nossa cultura e da nossa identidade. O presente instrumento de comunicação, o jornal conexão cultural, é prova viva do que estou dizendo. Além de contar nossa história recente, ou seja, hoje nós já temos um registro de nossa história, tem um trabalho de resgate e divulgação de nosso potencial cultural.
Despeço-me dos leitores reafirmando o convite à profunda reflexão sobre assunto, ao mesmo tempo, que me coloco a disposição para colaborar com essa empreitada. Aos companheiros de ofício lembro da importância de abraçar esse registro de nossa história, o jornal conexão cultural, levando-o para as suas salas de aula, lugar de preservação e formação de nossa identidade.



Fotos memorias

OS FERAS DE TUPANATINGA

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Cada vez mais cresce o número de estudantes que realizam o sonho de ingressarem numa faculdade, principalmente nas universidades públicas. É caso de Priscila, Janeclécia e Tarcisio Souza, filhos de Tupanatinga, que recentemente foram aprovados nos últimos vestibulares públicos realizados em Pernambuco. Priscila passou em engenharia Universidade paraibana, 17 ª colocação, Tarcisio de Souza Universidade de Pernambuco - Campus Caruaru - Sistemas de informação colocação 19°, Janiclecia Oliveira- psicologia Universidade de Pernambuco-Granhuns.

Ciência e Tecnologia, Educação e Política: em busca da dignidade humana e da paz

No texto “Conexão Cultural, Busquemos a Cultura da Paz”, escrevi que nos últimos 100 anos os avanços em ciência e tecnologia foram bastante intensos, modificando e re-configurando a sociedade, derrubando fronteiras, globalizando o capital, mas também o conhecimento. Esse avanço científico e tecnológico permitiu vislumbrar e usufruir de diversas comodidades e confortos, como por exemplo, os meios de comunicação (TV, rádio, telefonia, internet), meios de produção (industrialização), os meios de transportes (terrestres, marítimos e aéreos), etc.
Os avanços em ciência e tecnologia e o desejo desenfreado de mais comodidade e conforto parecem gerar um ciclo vicioso no qual temos uma inversão que desfavorece a humanidade. Os homens cada vez mais estão a serviço das tecnologias, no entanto, deveríamos ter a tecnologia a serviço da humanidade. De fato, essa inversão é bem mais evidente quando, em meio a tanta tecnologia, temos o século XXI como o século da fome (conforme relatório da ONU), problemas com saneamento básico, educação, cultura, saúde, e, sobretudo, uma desvalorização da vida. Essa inversão é vergonhosa quando, com a justificativa de continuar com o ciclo de buscar mais avanços em ciência e tecnologia, os homens destroem o meio ambiente, o clima, criam arsenais nucleares, químicos e biológicos, tornando a extinção da vida uma possibilidade real passível de ser executada a um aperto de botão.
Não quero ser interpretado como alguém contra tais avanços, pelo contrário. Acredito que para a resolução dos problemas citados, precisaremos, de certo, ainda de muitos mais avanços em ciência e tecnologia. Contudo, precisamos de uma “nova” ciência e tecnologia a serviço da “vida” e contra a extinção; a serviço da humanidade e contra a miséria, a fome, a discriminação, as doenças; a serviço do planeta e contra a destruição da natureza; a serviço da paz e contra a guerra.
Precisamos de um novo estereótipo de cidadão. Para isso, muita coisa tem que ser repensada, dentre as quais a Educação e a Política. Na década de 60, do século XX, em meio a um contexto extremista e violento, uma voz clamava por paz. Martin Luther King dizia “hoje não temos mais a opção entre violência e não violência. É somente a escolha entre não-violência ou não existência”. Semelhantemente, ouso dizer que hoje também não temos mais opção em educar para as ciências ao serviço dos avanços tecnológicos pensando apenas nos confortos e comodidades advindos. Ou educamos “pela” ciência, em vez de “para a” ciência, ou estamos fadados à autodestruição.
Educar pela ciência é colocar a colocá-la como meio para a “formação do cidadão” e, em conseqüência, para a transformação dessa realidade caótica e autodestrutiva. A política, por sua vez, também tem sua parcela de contribuição na realidade atual e, também, na modificação desse modelo social vigente. Parece que aqui também temos outra inversão. Ao invés das idéias e ideais servirem à política e a política servir ao povo, temos uma política manipulada por idéias e ideais inescrupulosos e corruptos no qual o povo, que deveria ser beneficiado, torna-se maltratado, enganado, desrespeitado e marginalizado.
Minha utopia de educador e cidadão é que a Educação e a Política, de maneira coerente e compromissada, permitam uma sociedade na qual a ciência e tecnologia estejam a serviço da vida; da sobrevivência; do bem; da paz; da luta contra a fome, as doenças, a miséria e a desigualdade. Uma sociedade na qual cada cidadão tenha consciência da importância de participar não apenas usufruindo das comodidades dos avanços científicos e tecnológicos, mas, sobretudo, contribuindo com a criação dessa sociedade que busca a plenitude envolvendo a dignidade humana e o cuidado com nosso planeta.



Prof. Dilson Cavalcanti

Em Tupanatinga campanha de vacinação contra a influenza H1N1 começou desde 08 de março.


A Secretaria Municipal de Saúde de Tupanatinga, esta realizando a campanha de vacinação contra a influenza A H1N1, dentro programação nacional e tudo está sendo bem conduzido, assegura a coordenadora do PNI(Programa Nacional da Imunização), MARLUCE OLIVEIRA.
Para a coordenadora, a preocupação maior é com a demanda, já que é o Brasil resolveu ir mais além da recomendação da OMS ampliando o publico alvo que antes era restrito aos quatro grupos que apresentavam maior risco(.trabalhadores de saúde, gestantes, população indígena e pessoas com doenças crônicas preexistentes), acrescentando novo grupo de pessoas saudáveis.

Para a Coordenadora, o apoio do Secretario Ivânio Tenório tem sido decisivo, como tampem a participação dos Agentes de Saúde.
A campanha também está sendo informada através da Radio,, carro de som e distribuição de cartazes. Os locais de vacinação são nos PSFs a na Unidade Mista Santa Clara. Confirmou a representante do PNI, Marluce Oliveira

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de março dia internacional da Mulher


Hoje, 08 de Março, Dia Internacional da Mulher, comemoramos também no Brasil a data que o mundo inteiro merecidamente consagrou ao reconhecimento da luta, garra e coragem das mulheres ao longo da História.

Em meus 40 anos de vida pública, sou testemunha da disposição, força, capacidade e determinação da mulher brasileira. Seja no desempenho de mandatos e cargos públicos, seja na militância partidária, nos movimentos sociais, seja no seu dia-a-dia, na vida familiar, com características ainda mais especiais em nosso país onde milhões delas são chefes de família.

A luta das mulheres continua, cada vez com maior presença e avanços - muitos registrados neste blog - mesmo que estes ainda estejam aquém do que desejamos. A realidade brasileira ainda apresenta desigualdades inaceitáveis entre homens e mulheres. Elas ainda ganham salários inferiores aos dos homens, sofrem discriminação no emprego, são preteridas em seleção para cargos e são as maiores vítimas de agressões e violência - lamentavelmente, a maior parte cometida por parceiros.

A primeira presidenta

Há que ter otimismo, esperança, participação e acreditar que quanto mais mulheres tivermos na luta, atuando, mais conquistas e avanços teremos em todos os campos dessa batalha. Acredito que em 2010, a agenda das mulheres, de suas causas e reivindicações, entrará de vez nas grandes discussões e melhorias no país.

Durante seus 30 anos, o PT é o partido que mais tem dado espaço às mulheres, abrigando alguns dos mais destacados e brilhantes nomes da política nacional. Tenho certeza de que vamos continuar avançando no rumo das mudanças. Em 2010, inclusive, estamos preparados para levar, pela primeira vez em nossa história, uma mulher, Dilma Rousseff, a ocupar o mais destacado e poderoso cargo público de nossas instituições: a presidência da República.

A todas vocês, mulheres brasileiras, deixo aqui, minha mais sincera homenagem e o abraço amigo nesta data.
(blog do Zé Dirceu)