Por Edezilton Martins e J. Edimilson
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Os homens sofremos a falta de conhecimento necessário para entender e compreender a realidade e a nós mesmos, o que resulta numa vida fútil, momentânea, sem passado e sem futuro.
Nosso comportamento é movido pela mídia. Não suportamos conviver com o silêncio. O silêncio nos mantém em contato com nós mesmos; e dentro de nós não há nada. A televisão sabendo disso (os canais sensacionalistas) usa locutores e apresentadores que falam sem parar, em tom acelerado, para não darem tempo para os telespectadores respirarem. Porque respirar é mergulhar no vazio de si mesmo. Observe o programa do Faustão da rede Globo.
A mídia, a propaganda, os governos, as empresas utilizam este vazio existencial humano como modo de manipulação. Tudo em função do comércio, do lucro. Afinal o homem sem conteúdo necessitará consumir continuamente para se satisfazer. O homem sem conteúdo elegerá maus políticos, e ainda os transformará em seus heróis. Esta subjeção ao sistema midiático se inicia com o homem já desde a tenra idade. Os pais transmitem para os filhos o mesmo vazio de que são vítimas; o mesmo consumismo besta. No lugar de ensinarem as crianças a serem, ensinam-lhes a terem. Fazem com que as crianças entendam que felicidade é sinônimo de consumo e não de valores, entendimento e conteúdo.
Aí vem a reflexão! A quem isto interessa? Onde nossa sociedade espera chegar com este despreparo?... Até quando a sociedade e a natureza suportarão esta vida consumista, desregrada e agressiva? ...
O homem precisa aprender a pensar como Sócrates, Platão e Aristóteles. As escolas e os pais deveriam proporcionar esta condição. Aí teríamos alunos críticos, com conteúdo, mais comportados. Obedientes, todavia não submissos. Esta ausência de valores percebida na juventude é conseqüência do vazio existencial humano. Há também a ausência de percepção das oportunidades por parte da juventude.
Tratando-se de Brasil, façamos um corte na linha do tempo para enxergarmos onde o brasileiro se perdeu na banalidade: o golpe militar de 64 proporcionou a ruptura entre o brasileiro engajado com as mudanças, o sonho de construção de um mundo de oportunidades, e o brasileiro alienado, fútil. A ditadura que matou, torturou e exilou as cabeças livres e inteligentes de nosso pais dilacerou o que de melhor tínhamos: homens que pensavam, que transmitiam valores e sonhos.
A censura institucionaliza da ditadura militar passou a censurar na imprensa, na arte, na escola e na cultura tudo aquilo que pudesse fazer o homem pensar. Pensar passou a ser proibido. A ditadura e a censura criaram uma mídia fútil, manipuladora, a serviço do sistema e do comércio.
Somos uma sociedade perdida. O bandido é o novo herói. O sensacionalismo é o que emociona o telespectador. A música que nossos jovens ouvem é um barulhão sem conteúdo, fútil, sem conteúdo crítico como na musica de um Chico Buarque, sem intervalos entre as notas para respirar como numa bossa nova. Os pais e os professores não têm conteúdo e condições para reverter o status da banalidade, do vazio existencial.
O golpe de 64 deixou-nos órfãos da educação e da cultura. Por conseguinte de valores, de capacidade crítica. Levou-nos ao abismo de nós mesmos. Transformou-nos em patéticos objetos de consumo.
Como os homens as instituições também se alienaram. Também se tornaram produtos de venda fácil. Prostituiram-se.
A luta contra os efeitos da ditadura militar continua: como mudar este retrato? Como romper com esta ditadura midiática? Como nos tornamos indivíduos críticos? Como transformarmos o sistema educacional? Como recuperarmos as cabeças pensantes que a ditadura militar dilacerou? Como recuperarmos os valores? Como voltar a sonhar? Como voltarmos a ser idealistas e revolucionários?... Chico Buarque cantou que “mesmo calada a boca resta a cuca, silêncio na cidade não se escuta...”. Mesmo calada a boca resta a escrita, a história, a literatura. É proibido se calar e aquietar. Sobretudo, é preciso fazer diferente.
Até a pouco tempo se creditava a pobreza brasileira ao fato do país ser subdesenvolvido. Mas agora o Brasil é a nona economia do mundo. A nossa maior miséria não é a econômica, nossa maior miséria é a ausência de valores, de conteúdo, de pensamento crítico; a miséria do nosso sistema de educação. Somos miseráveis porque somos ignorantes de nós mesmos (vazios de valores, sonhos e ideais).
Nosso comportamento é movido pela mídia. Não suportamos conviver com o silêncio. O silêncio nos mantém em contato com nós mesmos; e dentro de nós não há nada. A televisão sabendo disso (os canais sensacionalistas) usa locutores e apresentadores que falam sem parar, em tom acelerado, para não darem tempo para os telespectadores respirarem. Porque respirar é mergulhar no vazio de si mesmo. Observe o programa do Faustão da rede Globo.
A mídia, a propaganda, os governos, as empresas utilizam este vazio existencial humano como modo de manipulação. Tudo em função do comércio, do lucro. Afinal o homem sem conteúdo necessitará consumir continuamente para se satisfazer. O homem sem conteúdo elegerá maus políticos, e ainda os transformará em seus heróis. Esta subjeção ao sistema midiático se inicia com o homem já desde a tenra idade. Os pais transmitem para os filhos o mesmo vazio de que são vítimas; o mesmo consumismo besta. No lugar de ensinarem as crianças a serem, ensinam-lhes a terem. Fazem com que as crianças entendam que felicidade é sinônimo de consumo e não de valores, entendimento e conteúdo.
Aí vem a reflexão! A quem isto interessa? Onde nossa sociedade espera chegar com este despreparo?... Até quando a sociedade e a natureza suportarão esta vida consumista, desregrada e agressiva? ...
O homem precisa aprender a pensar como Sócrates, Platão e Aristóteles. As escolas e os pais deveriam proporcionar esta condição. Aí teríamos alunos críticos, com conteúdo, mais comportados. Obedientes, todavia não submissos. Esta ausência de valores percebida na juventude é conseqüência do vazio existencial humano. Há também a ausência de percepção das oportunidades por parte da juventude.
Tratando-se de Brasil, façamos um corte na linha do tempo para enxergarmos onde o brasileiro se perdeu na banalidade: o golpe militar de 64 proporcionou a ruptura entre o brasileiro engajado com as mudanças, o sonho de construção de um mundo de oportunidades, e o brasileiro alienado, fútil. A ditadura que matou, torturou e exilou as cabeças livres e inteligentes de nosso pais dilacerou o que de melhor tínhamos: homens que pensavam, que transmitiam valores e sonhos.
A censura institucionaliza da ditadura militar passou a censurar na imprensa, na arte, na escola e na cultura tudo aquilo que pudesse fazer o homem pensar. Pensar passou a ser proibido. A ditadura e a censura criaram uma mídia fútil, manipuladora, a serviço do sistema e do comércio.
Somos uma sociedade perdida. O bandido é o novo herói. O sensacionalismo é o que emociona o telespectador. A música que nossos jovens ouvem é um barulhão sem conteúdo, fútil, sem conteúdo crítico como na musica de um Chico Buarque, sem intervalos entre as notas para respirar como numa bossa nova. Os pais e os professores não têm conteúdo e condições para reverter o status da banalidade, do vazio existencial.
O golpe de 64 deixou-nos órfãos da educação e da cultura. Por conseguinte de valores, de capacidade crítica. Levou-nos ao abismo de nós mesmos. Transformou-nos em patéticos objetos de consumo.
Como os homens as instituições também se alienaram. Também se tornaram produtos de venda fácil. Prostituiram-se.
A luta contra os efeitos da ditadura militar continua: como mudar este retrato? Como romper com esta ditadura midiática? Como nos tornamos indivíduos críticos? Como transformarmos o sistema educacional? Como recuperarmos as cabeças pensantes que a ditadura militar dilacerou? Como recuperarmos os valores? Como voltar a sonhar? Como voltarmos a ser idealistas e revolucionários?... Chico Buarque cantou que “mesmo calada a boca resta a cuca, silêncio na cidade não se escuta...”. Mesmo calada a boca resta a escrita, a história, a literatura. É proibido se calar e aquietar. Sobretudo, é preciso fazer diferente.
Até a pouco tempo se creditava a pobreza brasileira ao fato do país ser subdesenvolvido. Mas agora o Brasil é a nona economia do mundo. A nossa maior miséria não é a econômica, nossa maior miséria é a ausência de valores, de conteúdo, de pensamento crítico; a miséria do nosso sistema de educação. Somos miseráveis porque somos ignorantes de nós mesmos (vazios de valores, sonhos e ideais).
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