segunda-feira, 7 de julho de 2008

Nietzsche e a Religião

Por Edezilton Martins
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Predomina nas religiões ocidentais a noção de que o homem existe separado de Deus.
Para Joseph Campbell e para algumas religiões orientais “na sua natureza mais profunda o homem é Deus”.
Temos que as religiões ocidentais e orientais, de modo geral, pensam a relação do homem com Deus de modo bastante diferente.

No ocidente nos ensinam que com o pecado original o homem foi expulso do paraíso e condenado ao sofrimento.
O destino do homem é o sofrimento. Para José Edimilson (Zé de Nica) isto decorre da invenção do pecado. O pecado (a desobediência) faz com que o homem esteja brigado com Deus. O que cria uma dependência do homem na relação com Deus na medida em que um filho que briga com o pai depende do seu perdão (benção) para voltar a ser feliz.

Analisando os ensinamentos religiosos ocidentais temos que o homem é visto como “coitadinho” que para ter direito a um lugar no céu a condição é ser pobre e submisso.
No decorrer da história as igrejas, sobretudo a católica, estiveram do lado do poder. Hoje este está do lado do poder dá-se de modo sutil. Ocorre na medida em que a igreja se cala diante das desigualdades sociais, ensinando que ser pobre e submisso é uma necessidade.

Nietzsche subverteu este modo de pensar das religiões ocidentais.
Filósofo alemão (1844/1900), Nietzsche foi submetido a uma educação religiosa ocidental rígida, seu pai e avós foram pastores protestantes.

Para Nietzsche “Deus está morto”.
Percebeu Nietzsche analisando o homem de antes do surgimento da ciência, do surgimento das religiões até final da idade média, que quando este se encontrava doente rezava pedindo a cura. Com o surgimento da ciência o homem rezava, mas também procurava um médico que lhe receitava um remédio eficiente. A ciência assumiu uma função que antes era exclusivamente de Deus. Com a expressão “Deus está morto” Nietzsche vislumbrou uma situação de independência do homem em relação a algumas funções divinas.

Outra expressão de Nietzsche: “Todos os deuses morreram, agora vive o super-homem”.
Para Nietzsche o super-homem seria um homem independente das funções divinas, não coitadinho, potente e ousado, capaz de se reinventar.
O super-homem destoa da regra de que “Deus pode tudo; o homem não pode nada”.
Nietzsche no seu livro mais marcante “Assim Falou Zaratustra” diz repetidas vezes que “o homem precisa ser superado”.

O Homem precisa ser superado. O homem como potência em contrapartida ao homem coitadinho.

Acerca da queda do homem.
A queda do homem dá-se quando Adão e Eva se vêem nus. A queda é o atributo da percepção.
“... e Eva tentada pela serpente deu a Adão o fruto proibido (descobriram o sexo). Adão e Eva se perceberam nus. Deus condenou-os a viver na terra. Adão trabalhará para sustentar a família. Por causa do pecado de Eva a mulher sofrerá a dor do parto e prestará obediência ao marido”.
“O homem precisa ser superado”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cuidado com esse cara, os seus escritos serviram como base para um dos regimes mais espúrios do mundo, ele viveu em uma época muito próxima ao romantismo onde os devaneios e loucuras individuais eram sinônimos de liberdade e e poder.O que a grande maioria dos livros não trazem e não querem é mostrar a vida pessoal desse louco totalmente despido de humildade.