terça-feira, 6 de novembro de 2012

Bacia leiteira em colapso, em Pernambuco


A mais longa estiagem dos últimos 50 anos no Nordeste reduziu em 55% a produção de leite no Agreste pernambucano, que caiu de 2,3 milhões de litros/dia para 900 mil litros/dia. 

Pecuaristas com fazendas entre os municípios de Venturosa, Itaíba, Águas Belas, Pedra e Tupanatinga, que integram o complexo da bacia leiteira, entraram em desespero para manter o gado por falta de pasto. 

A palma, principal alimento fornecedor de energia aos animais, praticamente acabou. A Adagro, órgão da Secretaria de Agricultura, ainda acredita que exista palma até dezembro, o que, na prática, representaria apenas 20% do plantio em raras propriedades. Diante disso, os mais desesperados resolveram transportar o rebanho de vacas leiteiras para o vizinho Estado de Alagoas, onde ainda há muita palma.

 O destino é a cidade de Jaramataia, a 250 km de Venturosa, maior produtora de leite do Estado. Aos que resistem em manter o plantel nas fazendas de origem as alternativas para manter o gado vão ficando escassas e caras. 

Palha de cana e a própria cana, importadas das usinas na Zona da Mata pernambucana, são opções que restam, mas de custo elevado. Uma carga de caminhão de palha custa R$ 1,2 mil, mas chorando muito é possível adquirir a um preço mais em conta.

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