Desenvolvi, enquanto universitário, varias pesquisas sobre os valores culturais de Tupanatinga. Uma das grandes dificuldades era encontrar fragmentos da nossa história: documentos de cunho científicos ou quaisquer outros que registrassem algo sobre nossa cultura, nosso povo e nossa gente.
Hoje já é possível encontrar vários registros, apresentados de forma poética pelos artistas locais ou em trabalhos acadêmicos, pelos estudantes de modo geral. Encontrei nesses dias, dois folhetos poéticos, de autores diversos (Júnior Alves e Socorro Gomes), que de forma simples registraram fatos surpreendente do inicio da nossa historia. É o caso do folheto de cordel, de Júnior Alves, aluno da escola Jose Emilio de Melo, que inicia falando do índio, primeiros habitantes não só do País, mas também desta nossa região:
“Eles vieram para cá
Fugindo da escravidão
Deixando suas aldeias
Sofrendo perseguição
Mas construíram suas vidas
Nesse pedaço de chão.
Pois se agruparam aqui
Nessa região atraente
Devido á abundância de água
Nesse lugar existente
E assim de outros lugares
Chegou aqui muita gente
Assim com Filipe Néri
Que nessa região chegou
Uma boa propriedade
Dos índios ele comprou
E fez dessa o que quis
Pois de tudo ele plantou”
Além de trazer fatos importantes sobre o nosso descobridor Filipe Néri, também fala com muita precisão da descoberta da água, uma das maravilhas do nosso Município.
“Dizem que Filipe Néri
Quando logo aqui chegou
No seu pedaço de terra
Um olho d’água estourou
Ele pegou um tronco de pau oco
E em cima deste o colocou
Então jorrou tanta água
Daquele tronco de pau oco
Que causou tanta fissura
Que dava alegria e sufoco
Uma água branca e limpa
Como a clara de um ovo
Assim falaram pra mim
E agora falo para o povo
Contudo os viajantes
Que passavam na estrada
Ouviam certos boatos
De tanta água derramada
Nascida de um pau ocado
Que na terra fora fincado”
Fatos importantes como a religiosidade dos nossos antepassados, registrando o caráter religioso daquele povo com a doação do terreno pelo Sr. Filipe Néri e a compra da imagem da santa pelo Sr. José da Silva.
A vida empresarial da época ficou também registrada no verso abaixo:
“Pois nesse povoado
Antigamente existia
Do senhor António Machado
Uma pequena padaria
E a farmácia do senhor “seba”
Aberta de dia-a-dia
Havia também a loja
De dona Teresa Simões
E a do senhor José Emilio
Que vendia a prestações
Pois a concorrência era pouca
No controle dos tostões “
E a poesia continua rimando a nossa historia, nos versos de Socorro Gomes (Socorro de cabo do Campo). Professora e poetisa, foi mais além: falou do passado e presente. Falou da cultura e da geografia, de política e economia:
“Nosso solo é muito fértil
É uma beleza pura
Só faltam os governantes
Ver mais nossa agricultura
Enxergar mais os artistas
E investir na cultura
Pois temos as nossas danças
Não vamos deixar de lado
Quadrilha, samba de coco
Forro e xaxado
Também temos dança pop
Todas são do nosso agrado
Apresentando um relevo
Mais ou menos acidentado
Uma região pouco plana
Que de longe é notado
São poucos terrenos planos
Mas não foram retratados
A serra do Catimbau
De Buíque pertencente
A serra da Mina Grande
Duas serras, tão descentes.
Essas duas belas serras
Uma parte é da gente”
Parabéns para os poetas, sobretudo os que estão fazendo a nossa história. Um pedaço ali; outro aqui. Se emendarmos os retalhos (escritos) teremos então escrito parte da nossa memória.
Hoje já é possível encontrar vários registros, apresentados de forma poética pelos artistas locais ou em trabalhos acadêmicos, pelos estudantes de modo geral. Encontrei nesses dias, dois folhetos poéticos, de autores diversos (Júnior Alves e Socorro Gomes), que de forma simples registraram fatos surpreendente do inicio da nossa historia. É o caso do folheto de cordel, de Júnior Alves, aluno da escola Jose Emilio de Melo, que inicia falando do índio, primeiros habitantes não só do País, mas também desta nossa região:
“Eles vieram para cá
Fugindo da escravidão
Deixando suas aldeias
Sofrendo perseguição
Mas construíram suas vidas
Nesse pedaço de chão.
Pois se agruparam aqui
Nessa região atraente
Devido á abundância de água
Nesse lugar existente
E assim de outros lugares
Chegou aqui muita gente
Assim com Filipe Néri
Que nessa região chegou
Uma boa propriedade
Dos índios ele comprou
E fez dessa o que quis
Pois de tudo ele plantou”
Além de trazer fatos importantes sobre o nosso descobridor Filipe Néri, também fala com muita precisão da descoberta da água, uma das maravilhas do nosso Município.
“Dizem que Filipe Néri
Quando logo aqui chegou
No seu pedaço de terra
Um olho d’água estourou
Ele pegou um tronco de pau oco
E em cima deste o colocou
Então jorrou tanta água
Daquele tronco de pau oco
Que causou tanta fissura
Que dava alegria e sufoco
Uma água branca e limpa
Como a clara de um ovo
Assim falaram pra mim
E agora falo para o povo
Contudo os viajantes
Que passavam na estrada
Ouviam certos boatos
De tanta água derramada
Nascida de um pau ocado
Que na terra fora fincado”
Fatos importantes como a religiosidade dos nossos antepassados, registrando o caráter religioso daquele povo com a doação do terreno pelo Sr. Filipe Néri e a compra da imagem da santa pelo Sr. José da Silva.
A vida empresarial da época ficou também registrada no verso abaixo:
“Pois nesse povoado
Antigamente existia
Do senhor António Machado
Uma pequena padaria
E a farmácia do senhor “seba”
Aberta de dia-a-dia
Havia também a loja
De dona Teresa Simões
E a do senhor José Emilio
Que vendia a prestações
Pois a concorrência era pouca
No controle dos tostões “
E a poesia continua rimando a nossa historia, nos versos de Socorro Gomes (Socorro de cabo do Campo). Professora e poetisa, foi mais além: falou do passado e presente. Falou da cultura e da geografia, de política e economia:
“Nosso solo é muito fértil
É uma beleza pura
Só faltam os governantes
Ver mais nossa agricultura
Enxergar mais os artistas
E investir na cultura
Pois temos as nossas danças
Não vamos deixar de lado
Quadrilha, samba de coco
Forro e xaxado
Também temos dança pop
Todas são do nosso agrado
Apresentando um relevo
Mais ou menos acidentado
Uma região pouco plana
Que de longe é notado
São poucos terrenos planos
Mas não foram retratados
A serra do Catimbau
De Buíque pertencente
A serra da Mina Grande
Duas serras, tão descentes.
Essas duas belas serras
Uma parte é da gente”
Parabéns para os poetas, sobretudo os que estão fazendo a nossa história. Um pedaço ali; outro aqui. Se emendarmos os retalhos (escritos) teremos então escrito parte da nossa memória.
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